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Para ocupar a mente, artesã confecciona chinelos à mão

Depois de passar por hemodiálise e transplante de rim, Rosinei Nunes se dedica ao trabalho manual

Luciana Mandler
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O trabalho manual mais do que único dá um toque especial para as peças. Através do trabalho artesanal é que Rosinei Nunes confecciona chinelos bordados à mão, todos modelos únicos e personalizados, feitos com a mesma técnica, porém, com diferentes detalhes.

Há dois anos a santa-cruzense começou a confeccionar o produto. A ideia, segundo Rosinei, veio depois que passou uma temporada doente, em que fez hemodiálise e depois precisou esperar pelo transplante de rim. “Fiz o transplante e fiquei muito ruim, um tempo no hospital, vindo e voltando para casa. Quando melhorei um pouco veio a ideia de fazer os chinelos para ocupar a mente”, recorda.

Desde então, Rosinei se dedica à arte de confeccionar com havaianas chinelos bordados. A média de tempo para a confecção dos produtos depende do modelo que a cliente opta. “Mas entre uma hora e meia a mais dependendo do modelo”, frisa.

Com o calor batendo à porta, Rosinei vende, em média, cerca de 10 chinelos por semana e a média de preços varia entre R$ 50 e R$ 115. Além dos chinelos bordados, no inverno, a artesã vende pantufas e chinelufas.

AJUDA
Rosinei Nunes aceita encomendas diretas pelo WhatsApp, por meio do número (51) 9 9814-6765 e há cerca de dois meses também disponibiliza seus produtos no Recanto do Artesão, no Centro da cidade e ainda em uma lojinha em Herveiras (Luana Modas). “E onde vou levo junto”, acrescenta aos risos.

Além disso, Rosinei conta com a ajuda de uma amiga e vizinha para comercializar os chinelos, Irene Görchen, de 58 anos. “Conversando com ela um dia veio a ideia de ela vender”, conta.

Aposentada, Irene viu no convite uma oportunidade para não ficar parada. “Já trabalhei em restaurante, fui faxineira, trabalhei em casa de família, enfim, fiz de tudo. Aí me aposentei e estava por casa”, diz.

No verão, o auge é a venda de chinelos havaianas bordados. No inverno, o foco muda. “É um sucesso”, diz Irene. “Estou gostando de revender. Conheço muitas pessoas, então onde passo vendo, quando vê já preciso encomendar mais. Vende rápido”, comemora.