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Por uma sociedade sem opressão

Cristiano Silva
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Divulgação / Encontros Feministas

Grupo de mulheres organizou evento com diversas atividades no último final de semana

Visando tornar ativa a mobilização de todas as pessoas por uma sociedade sem opressão contra as mulheres, no último final de semana ocorreu a primeira edição do “Encontros Feministas”. O evento, organizado pelas ativistas YanaêMeinhardt, Patricia Ana Muller, Camila Deufel, Priscila Cortez, Suelen Santos, Angélica Van der Laan e Sharyel Barbosa, trouxe a Santa Cruz do Sul uma grande programação de palestras e atividades ligadas ao feminismo.
Na sexta-feira, 7 de março, o evento teve início com a palestra “Feminismo e Juventude. Contar a história, pensar o futuro”, trazendo a advogada e diretora de finanças da União Brasileira de Mulheres, Ana Carolina Barbosa, para falar a um anfiteatro do bloco 18 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) lotado, além de exposições locais.

Divulgação / Encontros Feministas

Oficina Batucada foi promovida na tarde de sábado, 8 de março,
no Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz

No sábado, 8 de março, oficinas, debate papo, exposição fotográfica e shows com as bandas Devir e Flores de Saturno marcaram o dia e a noite dentro da programação do “Encontros Feministas”.
Para uma das organizadoras, YanaêMeinhardt, o primeiro passo na luta pela igualdade é desnaturalizar as formas de opressão contra a mulher, vigentes em nossa sociedade. “Assim acreditamos queconsequentemente as pessoas irão se despertar para uma percepção mais alerta e sensível sobre a vida das mulheres que muito já estão rompidas com a violência diária sofrida em diferentes esferas”, destacou Yanaê.

MAIS AÇÕES

Divulgação / Encontros Feministas

Aborto foi o tema do Debate Papo promovido por Mirela Cardinal (e)

Segundo Yanaê a ideia é dar sequência na ação. “Queremos mobilizar mais ações, mas principalmente, mobilizar as pessoas. É um absurdo que ainda tenhamos que lutar por direitos que já são nossos e enfrentar pessoas ou locais que acham digno nos oprimir. A nossa resposta é que nós estamos reagindo, e vamos continuar a reagir até que possamos atingir a equidade entre os gêneros. Ao contrário da maré social que nos pinta como frágeis, nós somos capazes e temos muita força”, finalizou a organizadora.
Para Barbara de Paula, que esteve presente no evento, a iniciativa é válida. “Me choca uma sociedade que ainda aponta para a mulher vítima de estupro como se ela ou a roupa usada por ela fossem culpadas pelo abuso sofrido”, destaca Barbara, que completaao dizer que “é interessante trazer o feminismo para debate entre estudantes em geral que não estão familiarizados com o assunto, ainda mais que muitas vezes o feminismo é confundido com uma idéia equivocada de ‘superioridade’ da mulher quando, na verdade, apenas busca justiça e igualdade entre os gêneros”.