O dia de Santo Antônio de Pádua é sincretizado nas religiões de matriz africana no Sul do Brasil com o orixá Bará (Exú) e, Ogun, na região nordeste do País. Força que interpreta todos os aspectos da criação, Exu é o princípio ativo de ligação e expansão do universo. Orixá dos negócios e dos caminhos abertos, é o único a ter trânsito livre nas nove partes do mundo visível e invisível, nos limites das encruzilhadas e além delas, mensageiro dos orixás e protetor dos seres em sua unidade e no coletivo.
Sua cor é o vermelho, elemento que dinamiza. Seu dia é a segunda-feira, e o número correspondente é o sete e seus múltiplos. Seus símbolos são a chave, representando a abertura de caminhos e o tridente, que representa os polos positivo, negativo e neutro do universo.
Já na Umbanda, os adeptos costumam fazer oferendas e rezas para Santo Antônio, buscando a sua ajuda e proteção. As oferendas podem incluir velas, flores, alimentos, além de objetos sagrados especificamente relacionados a esse santo. As rezas são realizadas com devoção e fé, pedindo a intervenção de Santo Antônio nos assuntos pessoais e na resolução de problemas, já que no popular brasileiro, o santo é milagreiro.
E seguindo a tradição, o Templo de Umbanda Pai Ogum Beira-Mar e Mãe Oxum, tradicional terreiro de Umbanda da cidade dirigido pelo sacerdote Pai Antônio de Ogum, assim como Santo Antônio fez em sua passagem pela Terra, promoveu na manhã da data alusiva, quinta-feira, 13, na Praça Getúlio Vargas, a distribuição de 250 pães abençoados, por filhas de santo do terreiro, à comunidade como símbolo de fartura, saúde e prosperidade.