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Saúde | Musculação surge como escudo contra a demência

Estudo recente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a musculação, além de fortalecer músculos e ossos, pode ser uma poderosa aliada contra o declínio cognitivo em idosos

A ciência confirma que há muito já se desconfiava: manter-se fisicamente ativo é essencial não apenas para o corpo, mas também para a mente. Um estudo recente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a musculação, além de fortalecer músculos e ossos, pode ser uma poderosa aliada contra o declínio cognitivo em idosos, atuando diretamente na proteção do cérebro.

Os pesquisadores analisaram um grupo de pessoas com comprometimento cognitivo ao nível – uma condição que pode ser o estágio inicial da doença de Alzheimer – e observaram mudanças significativas em quem pratica musculação regularmente. O treino de força não só melhorou a memória dos participantes, mas também ajudou a preservar a integridade da substância branca do cérebro, diminuindo a atrofia em áreas associadas à demência.

A lógica é simples: fortalecer o corpo fortalece a mente. O estudo indica que a prática regular de musculação pode retardar, e até mesmo reverter, os danos causados ​​pelo envelhecimento cerebral. Enquanto novos medicamentos para tratar demências chegam ao mercado com custos altíssimos, um protocolo acessível e comprovadamente eficaz está ao alcance de todos – basta ter disciplina e determinação.

O mais interessante é que o efeito protetor da musculação pode estar relacionado à estimulação de proteínas que promovem o crescimento e a manutenção dos neurônios, além de reduzir processos inflamatórios no organismo. Ou seja, os benefícios vão muito além do que se imaginava.

Diante desses achados, surge a necessidade de um olhar mais atento para a inclusão da atividade física na atenção básica de saúde. A musculação, que antes era vista apenas como um meio de melhorar a estética e a força física, agora se consolida como uma estratégia essencial na prevenção de doenças neurodegenerativas.

O caminho se torna claro. Para quem deseja envelhecer com qualidade de vida, manter-se ativo não é uma opção – é uma necessidade.

*Gregório José
Jornalista/Radialista/Filósofo
Pós Graduado em Gestão Escolar
Pós Graduado em Ciências Políticas
Pós Graduado em Mediação e Conciliação

MBA em Gestão Pública