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Sinduscon se posiciona contra bandeira vermelha

Classificação, no entanto, não afeta diretamente a construção civil

Grasiel Grasel
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Ocupação dos leitos de UTI vem sendo principal argumento do movimento – Secretaria Estadual de Saúde – RS

Seguindo o movimento de outras entidades que representam setores empresariais de Santa Cruz do Sul, o Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) emitiu uma nota nessa segunda-feira, 20, se posicionando contra a classificação da bandeira vermelha para a região.

Na nota, o sindicato afirma ser necessário fazer uma revisão do funcionamento dos indicadores que determinam o funcionamento do Distanciamento Controlado, sistema implementado pelo governo estadual para definir as regras da quarentena no Estado.

Assinado pelo vice-presidente da entidade e responsável pelo escritório regional do Sinduscon, Astor Grüner, o documento pede aos gestores da cidade da região que busquem junto ao governo do RS um “reestudo urgente de revisão e mudança dos indicadores base para a decisão de bandeiras e ainda nova regionalização com diminuição das áreas de abrangência”.

Para sustentar o pedido, a entidade inseriu na divulgação uma série de gráficos fornecidos pelo próprio governo estadual que mostram a taxa de ocupação de UTIs e utilização de respiradores na região. Da mesma forma, afirma que o Rio Grande do Sul já atingiu o “achatamento da curva”, mostrando outro gráfico em que o número de casos confirmados por semana epidemiológica passou a diminuir.

Em entrevista ao Riovale Jornal, Grüner afirma que o Sinduscon santa-cruzense já pretendia emitir a mesma nota na semana passada, mas a situação foi revertida para a bandeira laranja antes da veiculação do posicionamento.

Embora a classificação da bandeira vermelha não traga restrições para a construção civil, Grüner diz que acredita ser importante que a entidade apoie o movimento como um ente de uma cadeia produtiva. “Se o comércio fecha, como que vamos trabalhar de uma maneira adequada? Não vamos conseguir nossos insumos”, justifica.

Segundo ele, o fato de que Santa Cruz do Sul recebe pacientes de outras regiões para tratamento intensivo precisa ser levado em consideração, pois isso não necessariamente reflete a realidade do próprio município. “A gente entende que todas as medidas estão sendo adotadas como forma de precaução, no entanto, já chegou o momento de haver uma adequação dos critérios”, argumenta.

Segundo dados do governo do RS, às 15 horas dessa segunda, 20, 43,3% dos leitos de UTI adulto se encontravam ocupados na Região Covid de Santa Cruz do Sul. Destes, 28,3% estavam utilizando respiradores em casos mais críticos, 31 destes equipamentos ainda se encontravam disponíveis.