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Sistema IQOS reduz danos aos fumantes

Webinar da Philip Morris Internacional apresentou evidencias científicas sobre produtos de tabaco sem combustão e a importância de redução de danos

Por: Ricardo Gais
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O IQOS aquece o tabaco, mas não o queima, reduzindo significativamente a produção de compostos químicos nocivos e potencialmente nocivos – Foto: Divulgação PMI

Na quarta-feira, 9, foi realizado pela Philip Morris Internacional (PMI) um webinar para jornalistas. A live, que durou cerca de uma hora, contou com a participação da doutora em Toxicologia e mestre Análise Toxicológica, Silvia Cazenave, e a médica especialista em Farmacologia Clínica, Andrea Constanti. As convidadas apresentaram o que há de mais recente em políticas de redução de danos no Brasil e no mundo, incluindo as evidências científicas que apoiam os produtos livres de combustão como melhores opções para adultos fumantes que, de outra forma, continuariam a fumar.

Os profissionais da área da saúde também falaram como a ciência pode direcionar as políticas de saúde pública para o tabaco  e nicotina e apresentaram as últimas decisões regulatórias sobre produtos livres de combustão, como a da Administração de Alimentos e Drogas (Food and Drugs Administration – FDA) dos Estados Unidos, semelhante a Anvisa no Brasil, que concluiu que o sistema de tabaco aquecido desenvolvido pela Philip Morris é fundamentalmente diferente do cigarro.

A FDA autorizou a comercialização do IQOS, sistema de tabaco aquecido eletricamente da Philip Morris como um produto de tabaco de risco modificado. Ao fazer isso, a agência estabeleceu que um pedido de modificação da exposição do IQOS é apropriado para promover a saúde pública. Andrea Constanti explica que apesar do IQOS apresentar o menor risco possível à saúde, ele deve ser aceito e adotado pelos adultos fumantes, que de outra maneira continuariam fumantes. “Tem que ser um produto no qual os fumantes estão dispostos a abandonar o cigarro. Nossa ambição é que os adultos atuais que planejam continuar fumando, mudem para produtos livres de fumaça”, disse.

Constanti pontua que a nicotina é de fundamental importância, mas que é preciso desmitificar o conceito de nicotina, já que a ciência tem demostrado que o principal causador de danos à saúde dos fumantes não é ela. “Nicotina não é uma substância livre de riscos, mas não é a principal responsável pelos danos sofridos pelos fumantes. São as substâncias tóxicas e cancerígenas que aparecem na fumaça do tabaco que surgem quando é realizada a queima e o sistema IQOS não queima o tabaco, assim, não produz combustão, o que é reconhecido pela FDA”. Para que o produto IQOS seja aceito pelos que continuariam a fumar, a especialista cita que é preciso fornecer nicotina da forma mais similar possível a dos cigarros, para que os fumantes achem o produto satisfatório e que consigam abandonar o cigarro de combustão para um livre de combustão.

Foi demostrado que a questão da atratividade do produto é baixa, se regulado adequadamente, e que o produto IQOS é diferente de um produto de cigarro de combustão, pois ele reduz a quantidade das substâncias nocivas e de uma certa forma pode ter potencial de beneficiar a saúde da população de forma geral, levando em consideração os usuários de produtos de tabaco e as pessoas que atualmente não usam produtos tabagistas.

A mestre em Análise Toxicológica, Silvia Cazenave, disse que trata-se de um debate com vários pontos de vista que devem ser considerados para redução de danos. “É preciso fazer avaliações necessárias e gerenciar o risco não significa isenção dele. A gente, quando fala do produto de tabaco aquecido, falamos que tem nicotina e que não é um produto livre de risco, então toda essa questão deve ser discutida, por isso é importante essa regulamentação, pois a proibição faz com que as pessoas migrem para produtos de origem duvidosa. Cazenave também disse que, “uma regulação bem feita, como a do tabaco, teve excelentes resultados que foram possíveis das ações que são voltadas à redução de danos”.

Cazenave orienta que para uma redução de danos causada pelo tabaco, é importante que o usuário diminua o consumo, não fume em lugares públicos, não compartilhe o cigarro, não reacenda a bituca e faça uso de vaporizadores ou cigarros aquecidos, além de se alimentar e se hidratar. A fiscalização para venda de cigarros a menores e a oferta de tratamento aos que desejam abandonar o uso também são práticas para redução de danos.