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“Uma sensação ímpar e incomparável”

Papai de primeira viagem, o policial militar Nei Antonio Schöninger, de 35 anos, convive com a pequena Rafaela Mandler Schöninger há sete meses

Nei com a pequena Rafaela: amor incondicional (Foto: Débora Lawisch Rigon)

Ana Souza
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Papai de primeira viagem, o policial militar Nei Antonio Schöninger, de 35 anos, convive com a pequena Rafaela Mandler Schöninger há sete meses. Aliás, ela é a cara do papai. Para ele, a paternidade é a representação de um sonho. “Uma vontade que sempre tive, uma sensação ímpar e incomparável. Penso que ser pai, independentemente de ser de primeira viagem ou não, é estar presente e poder participar o máximo possível”, reflete.

Nei enfatiza que sempre teve o desejo de ser pai. “Mas fica uma sensação de que não se está pronto para isso, é muito esquisito. Por mais que se tente preparar mentalmente para a tarefa, sempre fica um receio. Logo após nascer, parece que as coisas mudam bruscamente e tudo parece se alinhar. A emoção evolui em cada descoberta, em cada gesto ou aprendizado, é uma troca mútua de sentimentos”, observa.

Infelizmente, ele não pôde estar presente no nascimento da Rafa. “Isso, para mim, é um momento que marcou porque sinto falta de não ter presenciado. Assim, de certa forma, esse fato fez repensar inclusive as tomadas de decisões futuras em relação à vida em si. Em contrapartida, o momento em que pude ver ela pela primeira vez no hospital certamente foi o mais emocionante. A primeira vez que ela me acariciou olhando nos olhos também foi surreal”, recorda.

Os cuidados com Rafaela são divididos por igual com a mamãe Luciana Mandler. “Acho que, hoje em dia, tanto pai quanto mãe, conforme a disponibilidade de cada um, devem arcar com as responsabilidades de maneira igualitária. Não tem nada que minha esposa faz que eu não faça. Então, perguntar sobre quais modos eu poderia auxiliar não caberia, pois esse auxílio muitas vezes é prestado pela mãe. Então o protagonista está sempre mudando. Trocar fralda, dar banho, cozinhar, brincadeiras, mamadeiras, fazer dormir, e por aí vai. O pacote completo”, comenta Nei.

Quando a Rafa nasceu, lembra o policial, foi ele quem deu os primeiros banhos e trocou as primeiras fraldas. “Nas primeiras semanas, nas madrugadas revezava com minha esposa para fazê-la dormir. Desde que a Rafaela nasceu sempre participei de tudo, me envolvendo em todos os afazeres. Hoje, na fase de introdução alimentar, na maioria das vezes faço as sopas e sucos.”

Ele define ser pai como estar presente e cumprir com os deveres da paternidade, que são os mesmos da mãe, além de dar amor, carinho e atenção. Nei resume em uma frase o que é ser pai: “É amor incondicional e continuação da vida”.