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Mais de mil pessoas participam da caminhada pela Apae

Everson Boeck
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Centenas de pessoas se uniram em uma mesma causa na manhã ensolarada do último sábado, 31. A programação da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e/ou Múltipla culminou com a Caminhada “As Apaes precisam continuar”, promovida pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Cruz do Sul. A mobilização foi um ato de repúdio às alterações no texto da Meta 4 do Plano Nacional de Educação o qual coloca em risco a existência da entidade em todo o Brasil e propõe que crianças e jovens especiais, com idade entre 4 e 17 anos, sejam inseridas em escolas regulares.
Segundo o presidente da Apae de Santa Cruz do Sul, Edemilson Severo, mais de mil pessoas formaram a caminhada. “Foi uma grata surpresa a mobilização da comunidade na caminhada. Isto significa que conseguimos despertar o olhar da população em prol das Apaes. Mais uma vez a comunidade demonstrou o carinho que tem pelo projeto e, portanto, percebemos claramente a importância da Apae na sociedade”, argumenta Severo.
Com camisetas, faixas e cartazes, o grupo – formado por voluntários, professores, alunos, pais e simpatizantes da causa – saiu da sede da entidade, localizada na Rua Felix Hoppe, 53, às 10 horas e percorreu as ruas centrais até a Praça Getúlio Vargas. Hoje, a Apae de Santa Cruz atende 332 alunos entre zero e 64 anos, orientados por um quadro de 48 funcionários especializados.
Para o presidente da Apae, as escolas tradicionais não atendem aos três eixos fundamentais que são cumpridos pela Apae no acolhimento de pessoas com deficiência: educação, saúde e assistência social. “A aprovação do texto traria um triplo prejuízo social, uma vez que a proposta da meta 4 não atende as pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, repercute na vida familiar e profissional dos pais e/ou responsáveis por estes deficientes e, ainda, influenciará diretamente nas estruturas das APAEs, que ao longo do tempo, com esforços contínuos, trabalharam muito, junto as suas comunidades, para manter serviços com atendimentos qualificados direcionados essencialmente à causa”, avalia.

Fotos: ROLF STEINHAUS

Com camisetas, faixas e cartazes, o grupo formado por voluntários, professores,
alunos, pais e simpatizantes da causa, percorreu as ruas centrais até a Praça Getúlio Vargas


Durante a caminhada, a comunidade foi convidada a fazer parte do movimento