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O profissional que dedica a sua vida a ensinar

Escolha da data faz alusão à decreto do imperador Dom Pedro I

Uma das profissões mais importantes no mundo todo é celebrada nesta terça, dia 15, o dia do professor. Esta é uma data especial para refletirmos sobre a situação da classe, seus desafios e perspectivas para o futuro e, como feriado escolar facultativo, a oportunidade também serve como um descanso especial para os educadores, que acabam trabalhando muito mais do que suas horas previstas de aula, já que o ofício requer uma dedicação a ser levada também para casa.
No Brasil, o professor se torna cada vez mais importante na formação não apenas educacional das crianças, mas também pessoal. Em grande parte das casas brasileiras, a escola acaba se tornando uma espécie de segunda família, especialmente pelo tempo que os alunos passam dentro do ambiente escolar. Somente no último ano, de acordo com o Censo Escolar de 2018, as matrículas em tempo integral do ensino médio subiram 17,8%. Da mesma forma, enquanto a matrícula na educação técnica de nível médio teve um crescimento de 4,3%, de 2017 para 2018, na creche o crescimento foi de 5,3%.
Segundo censos educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) referentes a 2017, o número de professores no Brasil passa de 2,5 milhões. Desse universo, apenas 340 mil professores estavam  trabalhando na área. Sobre a formação profissional dos que estavam em sala de aula, 4,3 mil têm diploma superior; 65,4 mil, especialização; 128,4 mil, mestrado; 143,4 mil, doutorado. Apenas 10 deles não tinham graduação. Do total de professores, 345,6 mil estão na zona rural.

Tecnologia no ensino

O avanço constante das tecnologias tem se mostrado uma importante ferramenta para o ensino, no entanto, se manter informado sobre as transformações que elas trazem acaba sendo uma função de iniciativa dos próprios educadores. Segundo a pesquisa TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgada em julho deste ano, 92% dos professores de escolas públicas e 86% de escolas particulares buscam, por conta própria, se informar sobre novos recursos que podem usar no ensino e sobre inovações tecnológicas.
Os incentivos por parte da administração das instituições de ensino também são poucos. 26% dos professores de escolas públicas e 15% das particulares dizem receber formação das secretarias de ensino, no entanto, enquanto 60% nas particulares recebem apoio para informações sobre tecnologia dos coordenadores pedagógicos, esse percentual cai para 35% entre os docentes das escolas públicas. Estes índices, de acordo com a pesquisa, também mostram que os educadores não costumam ter contato com o assunto em seu processo de formação, especialmente entre os mais velhos

Violência escolar

Um ponto bastante preocupante é relacionado à violência nas escolas. De acordo com dados de uma pesquisa feita em 2017 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil lidera o ranking de agressões contra docentes. Dentre os mais de 100 mil professores ouvidos, 12,5% afirmaram ser vítimas de agressões verbais ou intimidações de alunos. Outra pesquisa com dados atualizados sobre o tema deverá ser divulgada pela OCDE ainda em 2019.
Com informações de: Agência Brasil