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Número de escolas estaduais paralisadas aumenta

Tenda da Resistência mantida por professores, fica na Praça Getúlio Vargas, no centro

Rosibel Fagundes
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A greve dos professores estaduais está tendo uma forte adesão na região. De acordo com o último levantamento realizado na tarde desta quinta-feira, 21, pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), das 98 escolas estaduais da região 35 estão totalmente paralisadas, 33 atendem de forma parcial e apenas 30 segue o atendimento normal. Em Santa Cruz, o número de escolas que aderiram ao movimento foi significativo. Na segunda-feira, 18, primeiro dia de greve eram oito entidades, agora chegam a 11. 
Conforme o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura uma das maiores preocupações no momento é com relação ao transporte escolar destes alunos. “Não sei se esta é a maior greve da educação dos últimos tempos, mas o que me chamou a atenção é a questão de educandários que nunca antes haviam paralisado, hoje estão totalmente paralisados ou em greve parcial. Sobre a questão dos dias letivos, os mesmos serão recuperados. Estamos aguardando orientações de nossa mantenedora que é a Seduc e iremos repassar. No entanto, a nossa maior preocupação hoje é com aquelas escolas que dependem do transporte em regime de colaboração com o município. Pois, o transporte continua acontecendo normalmente e daqui a alguns dias o contrato poderá vencer, pois funciona de acordo com uma data estabelecida. É em regime de colaboração estado e município e depois, ter um transporte exclusivo será um pouco mais difícil”.
O coordenador também ressaltou a questão dos alunos que estão no 3º ano do Ensino Médio, que poderão ser prejudicados pela greve dos professores, caso passem no vestibular, e posteriormente precisem apresentar os documentos de conclusão do Ensino Médio para garantir a inscrição. Por sua vez, Moura destacou a importância da categoria e se colocou à disposição de pais, alunos, professores e funcionários. “Estamos à inteira disposição de quem quer que seja, que em caso de dúvidas ou esclarecimentos nos procure. Queremos também deixar muito claro, que respeitamos quem está paralisado, mas que respeitamos mais ainda quem continua trabalhando. É um direito daquele que trabalha que os outros colegas o respeitem e que as escolas mantenham condições dignas para que eles possam desempenhar seu trabalho”, concluiu.
O ano letivo da maioria das escolas estaduais de Santa Cruz que estava previsto para encerrar a partir do dia 18 de dezembro agora está incerto, e poderá se estender até um pouco mais. Ainda sem previsão de acordo com o coordenador.

Greve 
Desde que teve início a greve dos professores estaduais, na segunda-feira, 18, um encontro entre o comando de greve e representantes de escolas definiu diversas ações que foram realizadas ao longo da semana. Em Santa Cruz, o ponto alto foi à instalação de uma Tenda de Resistência na Praça Getúlio Vargas, na manhã da última terça-feira. No local, a categoria implantou um abaixo-assinado e espaço para dialogar com a comunidade. De acordo com diretora do 18º Núcleo do Cpers, Cira Kauffman as mobilizações pela região não param e a adesão aumentou bastante nos últimos dias. “Nossa mobilização está sendo bastante positiva. Estamos tendo total apoio da população o que pra nós é muito importante. Tivemos nos últimos dias, a adesão da Escola Curupaiti de Vale Verde e de várias de Rio Pardo como Nossa Senhora Aparecida, Amaral Lisboa, João Habekost e Rio Pardo, além de mais algumas de Santa Cruz. Também tivemos moção de apoio nessa semana, na Câmara de Vereadores de Pantano Grande e de Passo do Sobrado. Nesta quinta-feira, também foi realizada uma manifestação de alunos em Passo do sobrado na Escola Alexandrino de Alencar”, afirmou. 
A greve dos professores foi deflagrada após a categoria se mostrar contrária ao pacote enviado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia, o qual modifica as carreiras e extingue benefícios tais como a contribuição previdenciária dos servidores. Uma nova assembleia geral está marcada para a próxima terça-feira, 26, em Porto Alegre. Paralelo a isso, ocorre um ‘ato unificado’, com funcionários públicos de todas as categorias, em frente ao Palácio Piratini.

ESCOLAS PARALISADAS
– Monte Alverne
– Estado de Goiás
– Bruno Agnes 
– Felipe Jacobus
– Gaspar Bartolomay
– Guilherme Simonis 
– Afonso Rabuske
– Nossa Senhora da Esperança
– José Wilke
– Sagrada Família 
– Santa Cruz

ATENDIMENTO PARCIAL 
– Professor Luiz Dourado
– Nossa Senhora de Fátima
– Petituba
– Alfredo Jose Kliemann
– Ernesto Alves
– José Mânica 
– Nossa Senhora do Rosário
– Willy Carlos Frohlich (Polivalente)