
Nelson Treglia
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O placar de 7 a 1, entre Brasil e Alemanha, ficou para trás. Praticamente quatro anos depois da semifinal realizada em 2014 na Copa do Mundo, as duas seleções se enfrentaram terça-feira, 27 de março, em Berlim, com vitória brasileira por 1 a 0, gol de Gabriel Jesus. O amistoso visa o Mundial da Rússia, marcado para iniciar no dia 14 de junho.
Em 2016, o Brasil já tinha feito uma “revanche” contra a Alemanha na final olímpica do futebol masculino. No Maracanã, a Seleção Brasileira conquistou a medalha de ouro nos pênaltis.
Em Berlim, no amistoso de terça, o técnico Tite reforçou a marcação com o volante Fernandinho, que foi muito bem no jogo, do ponto de vista tático. Roubou a bola que resultou no gol de Gabriel Jesus, e roubou outra bola que poderia terminar em gol de fora da área do meia-atacante Philippe Coutinho (o chute foi para fora).
Fernandinho simbolizou a boa atuação tática da equipe de Tite contra a Alemanha. O Brasil marcou bastante, praticamente só Gabriel Jesus não se juntava para marcar no meio-campo. Tite estabeleceu duas linhas de quatro jogadores, especialmente quando o time estava recuado e a Alemanha tinha a bola.
A primeira linha, na defesa, foi formada por Daniel Alves (direita), Thiago Silva, Miranda (ambos no centro) e Marcelo (esquerda). A segunda linha, no meio-campo, foi formada por Willian (direita), Casemiro, Fernandinho (ambos no centro) e Philippe Coutinho (esquerda). Mais à frente, Paulinho (ajudando o meio-campo) e, no ataque, Gabriel Jesus. Terminou por ser um 4-4-2, variando para um 4-5-1, diferente do 4-3-3, ou 4-1-4-1, estabelecido por Tite em sua passagem pela Seleção.
PAULINHO, UM CASO À PARTE
O volante Paulinho é um caso a ser analisado. No Barcelona, clube que defende atualmente, já atuou como meia avançado, centralizado, ou meia aberto pela direita, mas sempre ajudando o meio-campo na marcação. É notória sua vocação ofensiva, o que o distancia da condição de segundo volante. Dá para dizer que Paulinho, hoje, é um meia daqueles antigos, praticamente um parceiro do centroavante em termos de aproximação. Definido por Tostão meses atrás, em sua coluna na ‘Folha de S. Paulo’, como “volante que é atacante”.
Paulinho seria aquele meia “das antigas” como era Bodinho no Internacional dos anos 50. Bodinho fazia parceria com o centroavante Larry no velho time colorado, a segunda versão do ‘Rolo Compressor’ (a primeira versão foi nos anos 40, com Tesourinha, Carlitos e outros jogadores marcantes).














