
Nelson Treglia
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Grandes favoritas da Copa do Mundo Rússia 2018, a Espanha, a Argentina, a Alemanha e o Brasil não venceram nesta primeira rodada da competição. Outra grande favorita, a França, venceu, mas com dificuldades. Forças importantes da competição, mas não candidatas ao título, acabaram se dando bem e conquistaram vitórias, como é o caso de Uruguai, Croácia, México e Bélgica.
TÁTICA
Sobre o jogo Brasil 1 x 1 Suíça, vale destacar, do ponto de vista da observação, a forma como a Suíça se comportou em campo. Quando defendia, fazia duas linhas de quatro jogadores, e colocava dois jogadores à frente dessas duas linhas. Quando a Suíça ia para o ataque, um volante recuava e ficava na mesma linha dos dois zagueiros de área, formando, assim, uma linha de três defensores, soltando os dois laterais para o campo de ataque.
A França fez algo parecido com o volante Kanté diante da Austrália, no sábado, utilizando esse jogador como terceiro zagueiro quando o time ia para o ataque.
QUAL É O MELHOR BRASIL?
Os resultados desta primeira rodada – em vários deles, o favorito não venceu – comprovam mais uma vez a universalidade do futebol. O futebol já não é tão centralizado em seis, sete ou oito países, como era décadas atrás. Se por um lado forças antigas como o Uruguai e a França seguem firmes e fortes, escolas de pouca história como a Islândia, e outras tradicionais mas em ascensão como o México, mostram um novo poder significativo no futebol.
A Suíça, que é tradicional do ponto de vista defensivo, se beneficia de sua recente miscigenação para ampliar seus recursos humanos no futebol. O empate com o Brasil é reflexo disso.
Isso não impede de dizer que o Brasil tem um time fortíssimo e, apesar do empate na estreia, tem condições de brigar pelo título. Contra a Suíça, o Brasil colocou em campo o que pode ser considerado um quinteto ofensivo (os meias Paulinho e Coutinho, e os atacantes Willian, Gabriel Jesus e Neymar), formando um 4-3-3 de alta qualidade.
Talvez Tite possa repensar esse quinteto durante a Copa… Embora eu goste dessa formação muito ofensiva, a equipe brasileira reagiu nas Eliminatórias quando tinha um trio de meio-campo mais conservador com Casemiro, Paulinho e Renato Augusto (embora devamos admitir que Paulinho é quase um atacante hoje em dia), e o trio de ataque com Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar. Confesso que esse time um pouco conservador era muito bom também.
Em termos gerais, é difícil estar na pele de Tite e decidir… Fernandinho ou Renato Augusto (Fernandinho ganhou mais espaço que Renato nos últimos tempos) pode dar mais segurança à equipe.














