Mara Pante
Os estragos causados pela forte incidência de granizo durante não mais que dez minutos, ocorrida na última sexta-feira, 30 de setembro, ainda estão sendo contabilizados pela Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra. O Departamento de Mutualidade registrou 3.730 notificações de dano até o meio dia de ontem, mas o número deve chegar a 4 mil conforme prevê o gerente técnico Iraldo Backes. Noventa e dois avaliadores estão nas lavouras dos Vales do Rio Pardo, Taquari e Baixo Jacuí, mas a Afubra já pediu reforços da unidade do Paraná – 12 novos avaliadores estão chegando e iniciam hoje. Entre os vinte municípios atingidos, as lavouras de Vale do Sol e Vera Cruz sofreram mais estragos. Localidades onde o tabaco foi plantado mais tarde tiveram menos prejuízos em função do tamanho do pé. Até quinta-feira da próxima semana a avaliação deve estar concluída.
No sábado pela manhã, 8, chegam as planilhas com os registros dos três estados do Sul, o que permitirá uma visão maior. Em posição nada desejada, por enquanto o Rio Grande do Sul lidera o ranking este ano, com quase 4 mil notificações de dano, contra pouco mais de mil do Oeste catarinense. Em 2010, Paraná e Santa Catarina foram os estados mais atingidos.
QUANTO VALE CADA FOLHA
O valor assegurado de cada pé de tabaco na lavoura é de
Iraldo Backes tem 36 anos de Afubra e considera a incidência mais forte, aquela ocorrida em 2010
SIMPATIAS
Levando em conta que as previsões meteorológicas para esta primavera são propícias ao granizo, vale até reza e simpatia para proteger a plantação. Antigas simpatias usadas para espantar tormentas e granizo ainda são vistas no interior, ilustra Backes, como a de fincar o machado no chão e a de sacudir a peneira de feijão, para espalhar a tempestade.