
Sara Rohde
[email protected]
Cerca de mil pessoas participaram da primeira parada da Diversidade de Santa Cruz do Sul nesse domingo, 7 de julho. Promovido pela ONG Desafios, o evento reuniu a comunidade LGBT+, caravanas vindas de outros municípios, atrações artísticas e palestras sobre o tema Amor, Família e Respeito. O objetivo principal foi um pedido pelo fim do preconceito e homofobia.
A concentração foi em frente à Praça Getúlio Vargas onde o público saiu em caminhada pela Rua Marechal Floriano até a Praça da Bandeira junto com carro de som, bandeiras e balões coloridos. No local um palco foi montado onde aconteceram falas de convidados, apresentação de peças teatrais, grupo de rap feminino, dança e música, entre outras intervenções artísticas.

Segundo o presidente e fundador da ONG Desafios, Ruben Quintana, muitos LGBTs são mortos vítimas de ódio, raiva e intolerância todos os dias, “a gente quer acabar com isso e, com este ato queremos contribuir para tentar evitar que Santa Cruz entre neste índice de morte contra LGBTs. A gente sabe que muitas pessoas conhecem, têm membros das famílias que são LGBTs e não queremos que um querido da gente, um filho, um amigo, seja vítima de ato de agressão por intolerância, por raiva, por ódio, então o que buscamos é tentar evitar que isso aconteça, juntamente com a comunidade e as famílias locais”, disse. Segundo a organização, no ano que vem será realizada a segunda edição da Parada da Diversidade.
Para o Padre Jolimar que participou do ato, o evento é um pedido de respeito às diferenças. “Cores, sabores, amores e saberes, que este momento histórico em Santa Cruz seja o primeiro de muitos momentos de luta pela dignidade, pelo respeito às diferenças, pelo acolhimento e valorização das pessoas acima de tudo, a partir daquilo que elas são. É isto que nós queremos e de mãos dadas, não importa a igreja nem a religião, caminharemos juntos na superação da violência, na superação da dor, dos estigmas e maldades que muitas vezes nos separam e nos distanciam. Precisamos viver unidos e respeitando cada um, do seu jeito de ser, de amar, porque afinal de contas, Deus é amor, e é o amor que nos liberta”.














