Início Geral Concessão da Rodoviária é debatida em audiência pública

Concessão da Rodoviária é debatida em audiência pública

Grasiel Grasel
grasiel@riovalejornal

Na tarde desta terça-feira, 23, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Santa Cruz organizou uma audiência pública para discutir a situação da concessão do complexo da Estação Rodoviária, cartão postal da cidade que vem pautando o poder público com as reclamações de usuários que apontam uma má administração do local, que tem sofrido com problemas estruturais.
De acordo com a Procuradora Geral do Município, Trícia Schaidhauer, a concessionária que administra o complexo vinha reclamando do alto custo da locação, que é calculado por metro quadrado. Os resultados foram supostos problemas de caixa que impediram que as instalações recebessem melhorias ou uma manutenção adequada. O novo contrato agora passa a área onde ficam as lojas para o poder público, assim como o espaço ocupado pelo restaurante, no qual a prefeitura avalia instalar um posto da Guarda Municipal.

Público presente também foi ouvido na audiência

A prefeitura deu um prazo de 30 dias para que a administração do restaurante Chef Gois desocupe o espaço, mas ele já venceu e ainda não foi cumprido. Um representante jurídico do restaurante, o advogado Rafael Nunes, esteve na audiência pública para defender a permanência de um estabelecimento do tipo no local. De acordo com ele, “outros ambientes da cidade também podem receber o posto da Guarda Municipal sem abrir mão da presença de um restaurante na rodoviária”.
Nunes ainda adiciona que, para os administradores do restaurante, passar por uma nova licitação e enfrentar concorrentes não seria um problema, pois a principal preocupação é com uma suposta demanda evidente que o local tem. “Temos agora a vinda da Havan, que vai aumentar o fluxo de pessoas por lá e a falta de um restaurante pode trazer para o complexo rodoviário uma deficiência nesse sentido”, explica Rafael.
Sobre as lojas que hoje fazem parte do complexo, anteriormente o contrato de permanência que permitia suas atividades comerciais era feito diretamente com a concessionária. Agora que o espaço pertence ao município de Santa Cruz, por lei é obrigatória a instauração de processos de licitação para definir quais empresas vão ocupar as salas.