
Viviane Scherer Fetzer
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Nesta quinta-feira, 31 de janeiro, aconteceu mais uma etapa da negociação para a vinda da Havan para Santa Cruz do Sul. Antes da reunião entre o presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber e o diretor de Recursos Humanos da Havan, Aurélio Paduano, houve uma Assembleia no Sindicato dos Comerciários. A Assembleia com votação foi convocada para saber a opinião dos comerciários quanto a abertura do comércio aos domingos e feriados em Santa Cruz do Sul. Das 236 assinaturas na lista de presenças, 230 pessoas votaram. Sendo que 223 votos foram contrários a abertura e sete a favor. Desta forma o presidente do Sindicato reforçou que “essa a vontade dos comerciários, fizemos essa assembleia para respeitar o trabalhador, porque o que pedimos primeiro é o respeito, e entender o que realmente ele quer”, ressaltou Schwengber.
A vinda da Havan depende da aprovação de um horário diferenciado do comércio. Se chegar uma nova proposta que o Sindicato considere positiva será aberta uma nova análise pelos comerciários porque “nós negociamos sempre, e não quer dizer que não vamos negociar, não vamos fechar a negociação, tudo o que estiver fora do contexto de hoje terá que passar novamente por Assembleia”, explicou Afonso. Ele garante que quer que a Havan venha para Santa Cruz, mas que não mude a realidade do comércio daqui.

REUNIÃO COM HAVAN
Após a assembleia a direção do Sindicato se dirigiu com a resposta da votação para uma reunião fechada com o diretor de RH da Havan, Aurélio Paduano e a executiva e advogada do Sindilojas, Adriane Borba Karsburg. Na reunião ficou definido que o Sindilojas vai realizar uma assembleia para ouvir o que os empresários pensam sobre a mudança no horário. Dessa forma, uma proposta será enviada ao Sindicato dos Comerciários se for demonstrado interesse. Caso não haja interesse de abrir nos domingos e feriados, a Havan pretende tentar um acordo focado apenas na loja e não em todo o comércio. O presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber deixou claro que qualquer proposta que seja apresentada passará novamente pelos comerciários, bem como a decisão tomada na assembleia desta quinta de que os comerciários não são favoráveis a abertura do comércio aos domingos e feriados será levada em conta em qualquer outra parte da negociação.

O diretor de RH da Havan explicou que “a Havan na verdade é uma empresa do varejo, hoje nós estamos apenas dando as nossas condições. Hoje o nosso negócio acontece boa parte no final de semana, fizemos um modelo com lojas com estacionamento, climatizadas, grandes e criamos um modelo de trabalho que não é pra desrespeitar ninguém, nós não vamos onde a gente não quer ou que não temos condições de se instalar. Quem garante qualquer número de empregos é o cliente, é ele que garante nosso crescimento, nossa expansão. Estamos aqui como uma empresa que vem gerar empregos, renda e oportunidades. Não tenham a imagem de que queremos causar confusão, já temos 120 lojas, se não der aqui vamos procurar outro lugar. Ano que vem nossos planos podem ser outros, pode não ser a mesma coisa que esse ano. Não queremos que isso seja visto como um embate”, deixou claro Paduano.

Após a reunião o representante da rede catarinense comentou que “por natureza somos otimistas, porque se não não estávamos crescendo, então acreditamos realmente no crescimento, no relacionamento, nas questões das negociações. Queríamos ter resolvido hoje, porque se nós saíssemos daqui com uma resposta mais positiva poderíamos programar, porque obra é obra, tem um tempo aí, mas de qualquer forma saímos otimistas e veremos os próximos passos. Temos uma questão que é o tempo mesmo e nos preocupa isso. Gostaríamos de reduzir no menor tempo possível essas negociações”. E ainda deixou claro também que “não gostaríamos de nos privarmos de hoje, deitado na sua cama você acessar a internet e fazer compra em qualquer lugar do mundo, receber na sua casa em poucos dias e nós sermos privados de abrir uma loja física com pessoas, com relacionamento e com toda uma estrutura porque o comércio eletrônico está aí, e ninguém pensa nisso”.














