Ricardo Gais
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A pandemia da Covid-19 fez com que cidadãos do mundo inteiro mudassem suas rotinas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem reforçando a importância do isolamento social, e que, pessoas saiam de casa somente para o necessário. Muitos países seguem as medidas preventivas como a Índia, que isolou mais de um bilhão de pessoas, considerado o maior isolamento de população do mundo. Mas países que não adotaram as medidas preventivas antes do surto, como os Estados Unidos que atualmente vive um caos com o número de mortes aumentando diariamente, já pode prever a falta de leitos nos hospitais.
O isolamento social não é exagero nem histeria das autoridades de saúde. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reafirmou em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, dia 31, a recomendação de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 no Brasil. “Vamos trabalhar com o máximo de planejamento. E vamos fazer, sim, o máximo de isolamento social”, disse.
Ficar em casa, como determina os órgãos de saúde, servirá para evitar o colapso dos hospitais, tanto públicos como privados, visto que uma contaminação em massa no Brasil ocasionará a falta de leitos no sistema de saúde. O objetivo do isolamento é “achatar a curva” de contaminação, para que os hospitais supram a necessidade de atender não só pacientes com a Covid-19, mas também com outras doenças.
Cidadãos estão desdenhando a pandemia, se baseando em números de baixa mortalidade no Brasil pela Covid-19, que atualmente é entre 0,5 e 3,5%. Se o isolamento social for cumprido da forma correta, este índice não deve aumentar, caso contrário, veremos o exemplo de países da Europa que contabilizam mais de 700 mortes por dia. Os EUA hoje contabilizam mais de 5 mil mortes e 210 mil estão infectados com a Covid-19, sendo que o presidente Donald Trump, incialmente, fez pouco caso da quarentena no país. O isolamento nos EUA deve durar até o fim de abril, após apelo de médicos e dados sobre o avanço da doença no país.

O Ministério da Saúde aconselha para que não se compare o novo coronavírus com uma “gripezinha” ou resfriado, como disse o presidente Jair Bolsonaro em uma manifestação em cadeia nacional. O grupo de risco são idosos, pessoas com doenças crônicas e imunidade baixa, mas os jovens também devem se preocupar, pois não estão imunes ao vírus. Por isso, há insistência dos órgãos de saúde nas formas de prevenção a toda população.
Em Santa Cruz do Sul, mesmo com o comércio fechado, com intuito de evitar aglomerações, o que se vê é um grande número de carros e pessoas circulando pelas ruas. Para essas pessoas que precisam sair de casa para trabalhar ou, eventualmente, ir ao supermercado ou à farmácia o recomendado é manter dois metros de distância entre cada pessoa. Se possível levar consigo um frasco de álcool gel para higienizar as mãos ao tocar em maçanetas e dinheiro, evitar ambientes fechados, evitar passar a mão na boca, olhos, nariz e no rosto e, sempre que puder, lavar as mãos com água e sabão.
Ao chegar em casa é necessário adotar cuidados como deixar os sapatos em um canto separado, se possível lavar a sola do mesmo, tomar banho e colocar as roupas usadas em um cesto para que sejam lavadas e se possível passar álcool gel em chaves, carteira e outros objetos que vieram da rua. Manter a casa sempre ventilada é importante.
É importante cuidados como limpar sacolas vindas da rua com água e sabão, água sanitária ou álcool 70% e lavar frutas, verduras e embalagens de alimentos antes de guardar. São formas de evitar que o vírus entre em casa.
Segundo a OMS, enquanto não há uma vacina para o novo coronavírus, o isolamento social associado com medidas de higiene, serão as formas mais eficazes para evitar a Covid-19.














