
Ricardo Gais
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Os coronavírus são uma grande família, conhecidos desde a década de 1960, causando infecções respiratórias em humanos e animais. Mas um novo agente coronavírus está deixando o mundo inteiro em alerta, inclusive o Brasil. Isto porque recentemente foram identificadas na China casos da doença, que podem causar desde um resfriado comum até síndromes respiratórias graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave, identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, identificada em 2012. O vírus recebeu esse nome, pois seu formato lembra uma coroa e seus principais sintomas são tosse, febre alta e dificuldade em respirar.
O novo vírus foi identificado através de investigações epidemiológica e laboratorial, após casos de pneumonia de causa desconhecida entre dezembro de 2019 e início de janeiro de 2020. Os primeiros casos foram diagnosticados na cidade chinesa Wuhan, capital da província de Hubei, e mais tarde centenas de casos na China. Já foram registrados outros casos em países como Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Cingapura, Arábia Saudita, França, Estados Unidos, e outros países da Ásia registraram centenas de casos, todos contraídos por pessoas que estiveram ou tiveram contato com pessoas que estavam na cidade de Wuhan. Tudo indica que o surto surgiu em um mercado de frutos do mar e animais vivos da cidade.
Ainda não se sabe ao certo como o novo coronavírus pode ser transmitido para humanos, mas suspeita-se que a partir de animais como gatos selvagens, morcegos, aves, porcos, macacos, cães e roedores. Outra forma suspeita de transmissão acontece quando a o contato direto com uma pessoa infectada, através do ar ou por contado pessoal com secreções contaminadas. Presume-se que o novo coronavírus demore duas semanas para se alojar no corpo humano. A gravidade da evolução da epidemia está sendo acompanhada e por dados iniciais publicados a estimativa até o momento é de 80 mortes em 2.761 casos suspeitos.
Para diminuir os riscos de contaminação ou transmissão de doenças respiratórias é orientado tomar medidas de prevenção, como higienizar com frequência as mãos, principalmente antes de consumir um alimento, usar lenço descartável para assoar o nariz, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca e não compartilhar objetos de uso pessoal e, manter os ambientes bem ventilados.
Para quem pretende viajar para a China, recomenda-se adiar a viagem ou evitar as cidades onde o surto surgiu, e havendo suspeita de uma pessoa com a doença, levá-la até um hospital e utilizar máscaras cirúrgicas em ambas as pessoas e deixá-lo em isolamento no quarto. Os profissionais de saúde que também têm contato com um suspeito infectado, devem usar máscaras cirúrgicas, avental, óculos de proteção e luvas. Essas recomendações são do Ministério da Saúde.
O risco para uma epidemia global não foi descartado, mas o Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que é muito cedo para declarar tal situação de emergência, pois o número de casos é limitado e localizado e, medidas já estão sendo tomadas para evitar que o surto se espalhe.
Até o momento por se tratar de uma doença nova, não há vacina para cura.
Os dados foram fornecidos pela Sociedade Brasileira de Infectologia.














