LUANA CIECELSKI
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Pensar, incentivar e promover ações que visem o desenvolvimento de Santa Cruz do Sul, pensando no futuro. Esse foi o principal objetivo do Projeto Santa Cruz Novos Rumos (Ascnor) quando criado em 2008, há 10 anos. De lá pra cá, muita coisa foi pensada, incentivada e promovida, e na manhã da última quarta-feira, 25 de abril, para comemorar a primeira década do projeto, a entidade preparou um evento de mobilização da comunidade e retomada de atividades. Ele aconteceu na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).
A programação contou com diversos momentos. No primeiro deles, o presidente da Ascnor, falou Flávio Haas às mais de 100 pessoas presentes sobre a importância do encontro e do planejamento de ações. Em seguida, foi a vez do presidente do Conselho Superior da Agenda 2020, Humberto César Busnello falar. A Agenda 2020, assim como a Ascnor, é uma organização que busca o desenvolvimento, analisando e dialogando com a comunidade, empresários e classe política sobre o que está bom e o que precisa melhorar. Essa porém, é a nível estadual.
Busnello, falou sobre a agenda, lembrou um pouco de seus histórico e de ações realizadas, como pesquisas, propostas feitas aos governadores e resultados alcançados. Ele destacou, porém, que muito ainda precisa ser feito, que o próximo passo é concluir a nova análise do RS até junho para poder apresenta-la aos candidatos a governador, e ele também apresentou um panorama do Vale do Rio Pardo e de Santa Cruz do Sul.
Entre os destaques de sua fala estiveram o envelhecimento da comunidade, uma tendência nacional, e as adaptações que isso vai exigir. “Se querem investir pensando em 2030 e em 2050, vocês devem investir em saúde, em hospitais”, destacou. O aumento da qualidade da educação, segundo ele, também é necessária, levando em consideração que no futuro, o mercado de trabalho mais tecnológico será ainda mais exigente, porém, a construção de novas escolas, em sua visão, não é necessária, pois o número de jovens em idade de estudos deve diminuir daqui para frente.
O passo seguinte foi a dinâmica de grupos. Divididos por temáticas em mesas, os presentes tiveram cerca de uma hora para elaborar propostas a serem discutidas em fóruns temáticos que começarão a ser realizados entre os dias 7 e 11 de maio, a partir de reuniões que deverão acontecer no Espaço Assemp. Entre as ideias que surgiram, estiveram a união de entidades ligadas ao turismo para pensar os produtos turísticos da região. Também foi pensada a questão da mobilidade urbana, da projeção de uma cidade inteligente, da coleta de informações com a própria comunidade para ver o que ela deseja para si, informatização de mais serviços públicos, de elaboração de um diagnóstico rural regional a fim de verificar os números de consumo e a origem de alimentos na região atualmente, entre outras propostas.
O passo seguinte, de acordo com Haas, é colocar em prática esses fóruns temáticos e começar a pensar efetivamente o futuro que se quer para a cidade. Para isso, porém, ele considera essencial a participação da sociedade. “Nós queremos que a comunidade seja protagonista desse momento social e econômico. Cobrando o poder público, sim, mas também se colocando ao lado dele para ajudar a viabilizar os projetos”.
