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Para ficar na memória | Prefeitura lança projeto para relembrar histórias marcantes de 2023

Prefeitura lançou uma campanha de fim de ano que busca resgatar 23 histórias

Dezembro chegou, e muitas boas histórias foram escritas de janeiro até aqui. Para relembrar acontecimentos significativos para a cidade deste ciclo que se encerra, a Prefeitura lançou uma campanha de fim de ano que busca resgatar 23 histórias que marcaram 2023 em Santa Cruz do Sul – e só existem, como tal, porque receberam o impulso necessário de alguma iniciativa da Prefeitura.
Conforme a prefeita Helena Hermany, a proposta, que funciona como uma retrospectiva, tem o objetivo de voltar no tempo para fazer um balanço do ano que passou e planejar as ações futuras. “Nós acreditamos que, para projetar o futuro, faz bem olhar com carinho para tudo o que foi feito. Este projeto, que prevê contar histórias da nossa gente com uma visão humana e sensível, é uma maneira de relembrar momentos significativos de 2023 e renovar as esperanças para um 2024 melhor”.
Ao longo do mês, a Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Esportes estará contando, em textos, fotos e, por vezes, também vídeos, histórias de vidas que foram impactadas pelos diversos serviços oferecidos pelo poder público. São histórias singulares, de conquistas, sonhos realizados, transformação e superação, que falam de economia, cultura, esporte, segurança, entretenimento e – acima de tudo – de pessoas. Os conteúdos serão divulgados para a imprensa e também serão publicados no site e redes sociais da Prefeitura.
O primeiro case conta a história de três irmãos santa-cruzenses que começaram a fabricar móveis em 2021, no Berçário Industrial do Município, e hoje vendem, pelo digital, para todo o país, com previsão de faturamento milionário ao término de 2023.

Irmãos santa-cruzenses consolidam indústria de móveis vendidos para todo o país

O que era apenas um sonho de guri vem se realizando mais rápido do que o esperado para três irmãos de Santa Cruz do Sul. João, Otávio e Maurício são proprietários e operadores de uma indústria que fabrica e vende, pelo digital, para todo o país, mesas, banquetas, estantes, aparadores e vários outros móveis em madeira e metal. A pequena empresa, criada há três anos como Encaixe, adotou agora o nome Verken, lançou um site novo em novembro e comemora a previsão de alcançar um faturamento anual de R$1 milhão.
O negócio familiar começou com criatividade e uma boa dose de ousadia. Otávio Leitão, engenheiro mecânico, e João Vogt, designer de produtos – que hoje estão com 28 e 25 anos, respectivamente -, decidiram monetizar o hobby que encontraram para curar o ócio no auge da pandemia, em 2020. Se o passatempo de projetar, desenhar, cortar, montar e finalizar mesas e cadeiras com material resistente e design contemporâneo poderia virar fonte de renda, por que, então, não arriscar?! Morando em Porto Alegre, na época, Otávio e João voltaram a Santa Cruz, cidade natal, e começaram a empreender.
Sem muito recurso financeiro para dar o pontapé inicial, instalaram-se no início de 2021 no Berçário Industrial de Santa Cruz do Sul – espaço cedido pela Prefeitura para pequenas empresas impulsionarem seus negócios. Em duas salas de aproximadamente 30 metros quadrados cada, montaram os primeiros equipamentos.
Com o tempo, os móveis “simples, práticos e funcionais” – como eles definem – foram ganhando cada vez mais espaço no mercado digital e veio a demanda por mais mão de obra. Foi aí que o terceiro irmão – Maurício Leitão, outro engenheiro mecânico, hoje com 30 anos – também entrou na jogada – abrindo mão de um empreendimento anterior para, conforme ele destaca, abraçar o “propósito de fabricar móveis em estilo industrial, adaptados a espaços pequenos, úteis no dia a dia, principalmente para quem trabalha em home office”.

No espaço interno da sede atual da Verken, os proprietários, da esquerda para a direita: Otávio, Maurício e João
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Pavilhão dez vezes maior

Não demorou muito para que a empresa sustentável, com baixo impacto ambiental, que se propõe a fazer a diferença na vida das pessoas, visse sua estrutura física ficar pequena. Depois de quase dois anos instalada no Berçário Industrial, a fábrica precisou expandir. Desde meados do ano passado, a nova sede é um pavilhão alugado no Bairro Ana Nery, de 600 metros quadrados – dez vezes maior que o espaço do Berçário onde a Verken começou.
Em 2023, a empresa passou a receber auxílio da Prefeitura para ajudar no custeio do aluguel do novo pavilhão, por meio do programa Desenvolve Santa Cruz, instituído pela Lei Municipal 8549/2021, aprovada na atual gestão, que atualiza a Lei de Incentivo 6227/2011.
“Nossa ideia só foi materializada quando a gente recebeu o benefício da Prefeitura, de estar no Berçário Industrial. A partir dali, começamos a investir em maquinário. Hoje, conseguimos nos instalar em um espaço maior, com auxílio no aluguel. Para nós é muito importante, porque a oportunidade foi dada pra gente e nós tentamos aproveitar da melhor forma”, analisa João.

Marca com valor e personalidade

Agora, dois colaboradores já fazem parte da equipe. Além dos investimentos em novos maquinários, os irmãos buscam também o registro da marca, que garantirá o direito de propriedade e uso exclusivo do nome da Verken Indústria de Móveis Ltda, que representa, para eles, o objetivo de explorar novas possibilidades nos lares das pessoas.
E a expectativa dos meninos é crescer ainda mais, criando móveis com personalidade, divulgando os valores da empresa e impactando vidas. “A gente não quer ser uma empresa só por ser, só por vender, a gente quer ser alguma coisa que vá além do tradicional, para levar adiante o nosso propósito de fazer o bem do jeito que a gente acredita, ajudar as pessoas com o que a gente faz”, pontua Otávio.

Berçário Industrial

Criado em 1996, durante o governo de Edmar Hermany, o Berçário se tornou um grande laboratório de experiências para quem está dando os primeiros passos na área industrial. Hoje, o espaço, de 40 salas com aproximadamente 30 metros quadrados cada, tem como foco receber empreendimentos iniciantes.
Para se instalarem, as indústrias precisam preencher um plano de negócios no Banco do Povo – órgão vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo – e, se cumpridos os requisitos, aguardar liberação de espaço. Como a procura é grande, há lista de espera.
Atualmente, são doze indústrias instaladas. Enquanto quatro delas estão encaminhando a saída, outras cinco já organizam a entrada. Dependendo do tipo de empresa, duas ou até três salas são disponibilizadas. Elas podem permanecer no Berçário por até quatro anos – nos primeiros dois, ficam isentas de aluguel; depois, passam a pagar um valor simbólico.
Acompanhe as demais histórias no site www.riovalejornal.com.br.