Ficamos chocados cada vez que assistimos a vídeos do Estado Islâmico que mostram os cristãos que não se convertem ao islã serem colocados no chão e decapitados com uma faca. A morte tornou-se algo banal por lá. E por aqui não é muito diferente.
No estádio La Bombonera, semana passada, na volta para o segundo tempo do clássico Boca Juniors e River Plate, os jogadores do River foram atingidos por um composto químico conhecido na Argentina como “mostacero”, que contém ácido e pimenta, lançado por um baderneiro rival.
Os atletas ficaram sem enxergar ou respirar por um bom tempo. Um dos mais afetados foi Sebastián Driussi, de 19 anos, que teve diagnosticado uma encefalite (inflamação no cérebro). Eu pergunto: um ato de pura imbecilidade como esse não é tentativa de homicídio?
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Felizmente o atleta teve mais sorte que o adolescente Kevin Espada, de 14 anos, que morreu após ser atingido no olho por um sinalizador naval disparado pela torcida do Corinthians, num estádio na Bolívia, em 2013. Ninguém pagou pelo crime. E, após os “caras” retornarem ao Brasil, um deles logo se meteu em uma briga com torcedores vascaínos.
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Desventuradamente, hoje mata-se por qualquer bobagem! O ser humano perdeu a noção de quanto vale uma vida. As famílias do atentado ao Word Trade Center de 11 de setembro receberam, em média, uma indenização de US$ 2 milhões. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, visando reduzir a poluição do ar no país, estabeleceu o valor de US$ 9,1 milhões para cada vida. Esse é o valor de uma vida?
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Em 2008, na Câmara de Vereadores, eu quebrei o recorde de maior número de palestras motivacionais em 24 horas do Guinness Brasil. O recordista anterior era o palestrante paulista Diego Berro. Desde então, nos tornamos grandes amigos. No início de abril tentei entrar em contato com o Diego. Nada! O celular dava como desligado ou fora de área. Dias depois li nos jornais que meu amigo do peito havia sido espancado até a morte por três jovens em uma rua de Balneário Camboriú, no dia 31 de março. E até hoje ninguém sabe por que Diego, que tinha 32 anos e uma vida longa e bem-sucedida pela frente, foi morto.
Quanto valia a vida do Diego? Só quem perde alguém próximo sabe que uma vida não tem preço.