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Santa Cruz tem segunda suspeita de coronavírus

Coletiva de imprensa será realizada na manhã de hoje

Ricardo Gais
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Na tarde de ontem, dia 2, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou uma atualização sobre as suspeitas de casos do novo coronavírus no Rio Grande do Sul e, até o fechamento desta edição, foram listados 73, incluindo a confirmação do segundo caso a ser analisado em Santa Cruz do Sul.
O secretário de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, informou que não irá se posicionar até a coletiva de imprensa que acontece na manhã de hoje, 3. O primeiro caso suspeito foi divulgado na semana passada, dia 27, pela Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, ele ainda aguarda resultado de exame.

'Vou seguir tomando o chimarrão normalmente'

Compartilhamento do chimarrão deve ser evitado?

Cultivado de geração em geração, o hábito de beber chimarrão está na mira do Ministério da Saúde, isso porque o consumo da bebida geralmente é realizado em um grupo de pessoas, que compartilham o mesmo chimarrão, que pode se tornar um grande propagador do novo coronavírus.
Preocupou os gaúchos uma orientação feita nos últimos dias pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao dizer que as rodas de chimarrão deveriam ficar suspensas durante algum tempo. A declaração se deu logo após o anúncio da confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, em São Paulo. 
Mandetta fez a recomendação, pois o Covid-19, como outras infecções podem ser transmitidas a partir de gotículas que saem da boca de pessoas contaminadas.  O tradicional chimarrão foi citado, juntamente com o tereré, que é consumido nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná e também no verão, aqui no Rio Grande do Sul. Essas bebidas são ingeridas através de um “canudo”, chamado de bomba, e as gotículas contaminadas podem ficar no utensílio. O compartilhamento da bebida com outras pessoas se torna um ambiente propício para a propagação de doenças como o coronavírus, se na roda do chimarrão, tiver alguém que apresente os sintomas do Covid-19.

Compartilhar o chimarrão em grupo preocupa Ministério da Saúde

Para a jovem Isis Faleiro ainda não é o momento de evitar o chimarrão entre amigos e familiares. “Depois da notícia da doença no País, os brasileiros estão querendo evitar tudo o que possa ser motivo para contágio do coronavírus. Criar um pânico de proibir o chimarrão seria pior e vai deixar as pessoas espantadas”, comenta a jovem que ressalta alguns cuidados que se deve ter. “As pessoas tem que se conscientizar em não tomar chimarrão com estranhos e em lugares que elas não conheçam, e sempre manter as mãos higienizadas” disse. 
Conforme o infectologista Marcelo Carneiro, em entrevista coletiva no último dia 27, na Secretária de Saúde, “no momento, fazer uma orientação de que se devem evitar as rodas de chimarrão, é uma situação precoce e pouco necessária. Mas se tivermos uma situação de risco maior, é óbvio que quem estiver doente não deve compartilhar as coisas com ninguém, como o chimarrão, além de copos e objetos pessoais”, explica.
O bom senso também deve ser colocado em prática nessa situação, se a pessoa estiver com qualquer gripe, ou até mesmo com suspeitas do coronavírus, por ter viajado ou teve contato com alguém que viajou para locais considerados propícios para contaminação, recomenda-se que essa pessoa não beba chimarrão junto aos demais.