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Segunda morte por dengue é confirmada em Santa Cruz do Sul

Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou o segundo óbito por dengue em Santa Cruz do Sul, nesta segunda-feira, 26. Trata-se de uma mulher, de 84 anos, moradora do Bairro Senai. Ela faleceu no último dia 15. O total de casos de dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, já chega a 678 no Município.

Teste para diagnóstico da dengue deve ser feito a partir do sétimo dia do início dos sintomas

Sintomas como febre alta súbita, dor no corpo, prostração, diarreia, dor abdominal, entre outros, têm levado muitas pessoas a buscar atendimento na rede de atenção básica em saúde. Embora os sinais sejam muito parecidos com os da Covid-19, em muitos desses casos o diagnóstico acabou revelando outra infecção: a dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e que em Santa Cruz do Sul já atingiu 678 habitantes, conforme o último levantamento.

Na ânsia por descobrir logo a doença da qual padecem, muitas pessoas saem da consulta médica um tanto frustradas por não terem sido de imediato encaminhadas para fazer o exame. No entanto, como o corpo demora a produzir anticorpos em quantidade suficiente para que sejam detectados no exame de sangue, a espera por alguns dias é necessária a fim de que o resultado não apresente um falso negativo.

Conforme o epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde (SESA), Luciano Duro, durante o atendimento médico, o paciente recebe um encaminhamento para realizar no laboratório do Hospital Santa Cruz os exames sorológicos IgG e IgM, a partir do sétimo dia e até o trigésimo após o início dos sintomas. “Antes disso não adianta fazer, a pessoa pode estar com a doença mas ainda não ter desenvolvido uma quantidade suficiente de anticorpos que seja detectada no exame. É uma janela imunológica muito semelhante à do HIV”, explicou.

Luciano esclarece que no caso da dengue o tratamento é sintomático e que o diagnóstico laboratorial é uma ferramenta para fins de controle epidemiológico, que auxilia indiretamente no bem-estar do paciente. “As pessoas ficam ansiosas por um diagnóstico, mas independente disso, a conduta não muda, a pessoa vai receber a medicação conforme os sintomas que apresentar. Assim como na Covid-19, não há tratamento específico, como existe por exemplo para a leptospirose, em que tu tem um antibiótico e quanto mais cedo tomar melhor”, destacou.

Apesar da semelhança nos sinais da Covid-19 e da dengue, que em um primeiro momento podem confundir, no caso da dengue inexistem os sintomas respiratórios, tão característicos da Covid-19. Além disso, uma característica bem típica da dengue é uma dor persistente atrás dos olhos, que pode não acometer todas as pessoas. Essa primeira fase pode levar entre dois e sete dias e simplesmente desaparecer. Lá pelo terceiro e sétimo dia, algumas pessoas atravessam uma fase mais crítica, com dor abdominal, inchaço, alterações na pele e piora do quadro geral, o que pode alterar os resultados dos exames. A fase final é quando o paciente vai aos poucos voltando à normalidade. “O ciclo completo da infecção pode levar em torno de 10 dias e a maioria das pessoas vai apresentar sintomas bem ruins, mas que passam”, disse.