Viviane Scherer Fetzer
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Na última terça-feira, 16, o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP) elegeu a nova diretoria e o conselho fiscal para o biênio 2019/2021. A única chapa inscrita foi a do atual presidente Heitor Petry, tendo como vice, Angelo Hoff. A comissão eleitoral realizou o processo de forma clara ao explicar que a assembleia teria que avaliar sobre a substituição de um integrante da chapa que não havia assinado a candidatura e também não estava presente na assembleia. Por aclamação a chapa foi eleita e conforme o presidente vai manter o que já vem sendo feito, mas com alguns desafios pela frente. “Teremos que reformular e nos reinventar enquanto Corede a partir do que o Estado vem planejando, porque foram apresentadas aqui todas as limitações pelas quais o Estado está passando”, frisou Petry sobre o que foi apresentado antes da assembleia pelo secretário estadual de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal.
Em relação ao Corede/VRP o presidente comentou que é o único que possui comitês atuantes e que isso vem do processo de governança que foi utilizado para a realização do planejamento estratégico que incluiu a implantação dos comitês setoriais. “Teremos que ser protagonistas de um momento diferente, opinando não só na Consulta Popular, mas também através dos comitês para estar no governo com as entidades e instâncias para desenvolver”.
“O foco é estar atento a todos os planejamentos do plano estratégico. Articular a Consulta Popular, participar desse processo, nos preparar para esse momento que ainda está sendo modelado pelo Fórum dos Coredes e governo do Estado, mas acompanhar o processo da RSC 287 até que se concretize e todos os temas que permeiam o nosso planejamento estratégico”, explicou Heitor Petry.
Ele ainda destacou que existem muitas razões para o Corede interagir e contribuir, porque são articuladores e não executores “nosso papel é estar envolvido com toda a nossa equipe e pretendemos fortalecer também os comitês setoriais para que permaneçam com essa permanente reunião, acompanhamento e discussão em torno dos projetos, para a partir disso darmos a nossa contribuição para o desenvolvimento regional no seu mais amplo sentido.
RSC 287
Antes da assembleia o secretário estadual de Governança e Gestão Estratégica do Estado do Rio Grande do Sul, Claudio Leite Gastal, falou sobre a evolução do processo de concessão da RSC 287, que é o projeto prioritário do Plano Estratégico do Vale do Rio Pardo e integra o Plano Estadual de Logística de Transportes (PELT-RS) do Estado. Em sua explanação, Gastal trouxe o mapa estratégico do governo e garantiu que “essas estratégias acontecerão nos dois primeiros anos de governo porque o Estado precisa caber no seu sapato”.
O RS Parcerias – Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas envolve a concessão para duplicação da RSC 287 que tem como custo total R$2,2 bilhões. Esse programa conta com quatro projetos que somam R$3,4 bilhões, sendo o projeto da RSC 287 o de maior investimento. “O Corede/VRP é um grande parceiro do governo do Estado e este avanço nas tratativas em relação à concessão da RSC 287 com certeza vai culminar no final do ano com a entrega da licitação e o leilão da 287”, explicou.
Sobre os prazos o secretário admitiu que estão tomando um prazo maior do que o esperado para analisar os documentos com sugestões que foram entregues na consulta pública e na audiência pública. “Estamos sendo muito cuidadosos nesse processo para que a própria população tenha tecnicamente subsídios para entender os motivos das nossas decisões”. Mas, segundo ele, o cronograma continua no previsto e a publicação do edital de leilão deverá ser até setembro. “Com o edital concluído, a ideia é iniciar as obras no primeiro quadrimestre do ano que vem, a previsão sempre foi colocada como essa. Trabalhamos em todo esse processo de edital e leilão até o final do ano para que logo seja iniciado”, finalizou.
CONSULTA POPULAR
O Secretário estadual Claudio Leite Gastal falou ainda sobre o processo da Consulta Popular que está sendo reavaliado pelo governo. “Como está sendo feito, o processo não atende ao que pensamos desenvolvimento regional, e o que está empenhado de outras consultas será pago até o final de 2019”, garantiu o secretário. O principal desafio que o governo está enfrentando é o de tornar o processo estratégico de promoção do desenvolvimento regional e de eficácia de política pública. “Queremos quebrar paradigmas e mostrar que a consulta popular é um grande processo de desenvolvimento regional, e, para isso, talvez vamos tirar saúde e segurança para que outros projetos passem a ser contemplados. Claro, que tudo ainda está sendo avaliado”, explicou Gastal.














