LUANA CIECELSKI
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Dados divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) na última quarta-feira, apontam que as vendas para o Dia dos Namorados deste ano cresceram em comparação ao mesmo período do ano passado, sinalizando uma leve recuperação após anos seguidos de resultados no vermelho. Foram cerca de 1,63% de aumento. Esse valor, porém, é referente apenas às contas parceladas.
Essa é a terceira data comemorativa do ano em que as vendas a prazo apresentam crescimento: na Páscoa a variação positiva havia sido de 3,24% e no Dia das Mães, de 2,86%. O fato de estar relacionado às compras parceladas ainda mostra uma recuperação lenta da economia, aponta a pesquisa, mas levando em consideração o ritmo anterior, os dados são positivos. “O resultado é tímido e ainda não reverte as perdas que o comércio vem acumulando nos últimos anos, mas é um alento para as próximas datas comemorativas e consolida a percepção de que a pior fase da crise ficou para trás”, comemorou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Desde 2011 o ritmo do comércio para o Dia dos Namorados vinha desacelerando ano após ano, sendo que nos últimos quatro anos as vendas registram resultado negativo. Em períodos anteriores, as variações foram de -9,61% (2017), -15,23% (2016), -7,82% (2015), -8,63% (2014), +7,72% (2013), +9,08% (2012), +10,80% (2011) e +7,23% (2010).
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “o crédito ainda restrito segue limitando o poder de compras dos brasileiros, assim como o desemprego elevado, mas com a economia dando primeiros sinais de retomada, os consumidores foram às compras de forma menos tímida que nos últimos anos”, analisou.
Neste ano, segundo um levantamento do SPC Brasil, os presentes mais procurados seriam roupas (41%), perfumes ou cosméticos (34%), calçados (22%) e jantares (18%) e o gasto médio com presentes chegou a quase R$ 167,00.
Em Santa Cruz
Na cidade, a expectativa do comércio de acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes e Lojistas (CDL), João Goerck, era alcançar um aumento de 8%. Passada a data, verificou-se que o resultado ficou um pouco abaixo do esperado, mas ainda assim bom: 5%. “Levando em consideração a média nacional e de outras localidades, além das dificuldades financeiras pelas quais as pessoas ainda estão passando, foi um bom aumento”, comentou.
Ainda de acordo com Goerck, os presentes mais procurados para essa data foram joias, flores, peças de vestuário e calçados.















