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O bombeiro que sonhava em salvar vidas

Soldado Cesar Augusto Christmann destaca sua paixão pela profissão

Cesar Christmann tinha o sonho de atuar como salva-vidas e conseguiu alcançar o objetivo após passar no concurso e se transformar em bombeiro militar – Arquivo Pessoal

Tiago Mairo Garcia
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Um sonho construído passo a passo com muita dedicação e persistência com o objetivo de ajudar o próximo e salvar vidas. Assim o soldado César Augusto Christmann, 31 anos, descreve a profissão de bombeiro militar. Soldado lotado no 6º Batalhão de Bombeiros Militar, com sede em Santa Cruz do Sul, ele atua há sete anos como motorista do caminhão e da ambulância da corporação e destaca a sua satisfação e alegria em poder tornar o seu sonho em realidade.

Ao contar a sua trajetória na profissão, o soldado Christmann lembra que tinha o sonho de trabalhar como salva-vidas. Após conversar com amigos, descobriu que deveria ingressar na corporação dos bombeiros para trabalhar na área no litoral gaúcho. “Em 2012 quando abriu o edital eu me inscrevi para o concurso de bombeiro militar. Eu estava no exército e a principal razão para vir aos bombeiros era poder salvar vidas. Para mim isso está acima de qualquer realização pessoal e não tem preço que pague poder desempenhar esta profissão”, destacou.

Após ser aprovado e nomeado para os bombeiros, o soldado iniciou na profissão e foi designado para atuar como salva-vidas na Operação Golfinho. Ele conta que um dos fatos mais marcantes da sua vida foi um salvamento realizado na praia de Imbé. “Estava eu e um colega no turno da manhã trabalhando na guarita quando avistamos um senhor e um menino entrando no mar. Como estava perto de uma corrente de retorno, fizemos o alerta com apitos e nos deslocamos porque estavam muito próximos. O menino caiu na corrente de retorno e na hora do salvamento não sabíamos que o menino era autista. Tentávamos a comunicação com ele e o menino não respondia nada. Entregava a boia e ele soltava e neste curto espaço de tempo nós já estávamos na corrente de retorno e mar adentro. Foi um salvamento bem exaustivo e conseguimos retirar a criança da água com vida. Entregamos ele aos familiares e a mãe dele agradeceu a todos pelo salvamento, sendo um momento gratificante ver o reconhecimento da família. Foi algo que me marcou muito”, destacou.

Sobre as dificuldades da profissão, o soldado destaca que os salvamentos exigem muito esforço físico nas ocorrências. “Sempre mantemos uma atividade física regular para estar bem preparado, cuidando da saúde e da alimentação para estar bem com o nosso preparo físico”, frisou. Para quem deseja seguir na profissão de bombeiro, o soldado salienta que é preciso estudar muito para ser aprovado no concurso, que é difícil e bem disputado, mas salientou que é uma profissão gratificante. “Quem vier a ser meu colega, seja muito feliz e tenha orgulho de ser bombeiro”.

Ao finalizar, em homenagem ao Dia do Bombeiro, o soldado deixa uma mensagem motivacional a todos os colegas de profissão. “Problemas não são obstáculos, mas oportunidades de superação e evolução. Neste momento difícil de pandemia que estamos vivendo no país e no mundo, que a gente tenha fé para seguir em frente de que tudo vai melhorar”, finalizou o soldado.

Foto: Divulgação