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A arte na pandemia

Todos precisamos de arte. Seja através de filmes, livros, músicas, artes plásticas ou qualquer outro tipo de expressão. Em tempos bons ou difíceis, as obras artísticas nos ajudam a superar os graves problemas individuais e sociais, ou proporcionam a celebração dos bons momentos. Com a crise do novo coronavírus, agora que muitos de nós estamos mais em casa, a arte, em suas diversas vertentes, pode fazer uma diferença ainda maior.

A arte, ao longo da história, pode ser dividida em diversos movimentos, os chamados “ismos” (surrealismo, dadaísmo e muitos outros). Existe uma divisão mais básica, entre o “clássico” e o “moderno”. O que define a arte clássica? Ela contempla, entre outros elementos, a arte greco-romana (na Antiguidade) que acabou sendo retomada durante o Renascimento (no fim da Idade Média). A arte clássica é realista, leva em conta a anatomia e a natureza. A escultura ‘Davi’, do artista italiano Michelangelo, é um exemplo de arte clássica produzida durante o Renascimento.

E o moderno? Define-se, obviamente, pelo não-realismo. O dadaísmo (citado em parênteses do parágrafo anterior) foi um movimento influente para a conformação da arte moderna. Em uma crítica à realidade da Primeira Guerra Mundial, o dadaísmo buscava uma expressão do irracional, possibilitava uma visão um tanto caótica, que poderia ser confundida com desorganização. A expressão “dada” está relacionada à fala dos bebês, que ainda não possuem um pensamento e uma expressão devidamente racionalizadas.

A arte permite que agucemos as nossas mentes, ela nos ajuda a raciocinar, a refletir, a sonhar. Exercitar o pensamento é benéfico nesta vida caseira da pandemia. Não apenas para passar o tempo, mas, principalmente, para crescermos em termos pessoais. É algo que podemos levar para depois da pandemia. Por que não?