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Apaixonado por Santa Cruz

Fim de semana passado estive em Santa Cruz para um programa maravilhoso. Primeiro, ao chegar, fiz aquilo que sempre gosto de fazer por pelo menos duas horas. Andei de carro, sem rumo pela cidade. Por toda a cidade. Passei nas casas onde morei quando pequeno, conversei com quem encontrei pelo caminho. Na Várzea, com o amigo Nino, que era meu ídolo quando eu era guri, pois jogava muito. Agora é treinador. E olha só, olhei uma meia hora do jogo dos juvenis do Avenida contra o Guarani de Garibaldi pelo campeonato gaúcho da categoria… Aí sim, lembrei bem dos meus tempos de Várzea (Bairro Várzea). Impressionante como tinha gente assistindo ao jogo. No meu tempo eram só os dirigentes e pais dos jogadores. Bom, depois disso, à noite fui à Oktoberfest, onde tomei belos choppes com a família toda da minha cunhada Angela Bender, e é claro minha mulher Márcia. Embaixo de um lonão daqueles, na praça de alimentação. Domingo, reunião da minha família, para aniversário de 72 anos do meu pai, Paulo Beckenkamp, que continua incrivelmente inteiro, talvez mais do que eu, metido a atleta e que nunca fumei. Mas olha, passei menos de 24 horas em Santa Cruz, e foram muito cheias, uma maravilha, pena que não posso repetir tão seguidamente, por motivos óbvios da profissão. Mas eu sou um apaixonado pela minha Santa Cruz.

Tem coisas que me irritam no futebol, e que não vejo ninguém falar. Por exemplo… Se o Miralles era ídolo no Chile, o Grêmio passou mais de mês para conseguir contratá-lo, por que não joga no Grêmio? Aí ouço o Celso Roth dizer que não enxerga ele no treino. Mas como? Coloca a minha vó lá no treino que ela vai enxergar. Se o Grêmio não tem um atacante sequer que joga bem, e o Miralles em jogo é bom, como é que ele não joga porque não “aparece”no treino? Como? Mas o que dá 3 pontos, é o treino, ou é o jogo? Tem coisas no Celso Roth que não consigo entender. Outra delas. Se o Gilberto Silva, com toda a sua experiência, sabe ser um bom zagueiro, e já mostrou isso, e o Grêmio não tem um zagueiro confiável, e no meio-campo não tem vaga pra ele, como é que o Gilberto Silva não joga na zaga? Como? É por isso que o Celso Roth não chega a lugar nenhum nunca, a não ser salvar como salvou o Grêmio do rebaixamento, mas como já se sabia, logo depois volta ao normal. Ou seja, comanda um time mediano, nada mais do que isso.

Outra que não dá pra entender… Como é que o Ronaldinho Gaúcho não foi à última Copa do Mundo? E esse Marcelo, lateral esquerdo do Real Madri, como é que não estava jogando na seleção? É pra matar. Às vezes um time não tem em campo seus melhores jogadores, porque o técnico não gosta dele, ou mesmo gostando, tem alguma bronca do jogador por motivos pessoais… O Ronaldinho, mesmo sendo um dos melhores do mundo, não foi à última Copa e o Brasil teve nesta posição jogadores medíocres, comuns… Pode? E na lateral esquerda, onde andava o Marcelo? O futebol precisa acabar com essa história de não contar com o melhor por questões que não sejam exclusivamente de qualidade. Aí os times vão melhorar. Inclusive a seleção… E tenho dito, esperando que mais alguém o diga também.