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Aquele que acredita no “nós”

Uma prática comum do ser humano é estar olhando sempre para o seu bem-estar, seu umbigo, esquecendo-se da coletividade, do mundo à sua volta. O egoísmo tem tomado conta das pessoas, onde o mais importante é o “eu” e não o “nós”. A questão monetária está na frente da questão humana e, por isso, estamos pagando um preço muito alto para tentarmos ser felizes.

As pessoas estão perdendo o escrúpulo para conquistarem seus objetivos, não importando se têm que passar por cima de seus semelhantes.  É só observarmos as questões que envolvem a classe política e administrativa de nosso País, alguns estados e municípios. Muito se tem falado que a culpa de tudo que é ruim que está acontecendo é dos políticos, mas na verdade é nossa também. Nós que os colocamos lá. Eles são nossos representantes e tomam importantes decisões em nosso nome.

Tenho a honra em trabalhar em um pequeno Município (Novo Cabrais-RS) onde os servidores municipais recebem rigorosamente em dia, os fornecedores igualmente e a transparência é uma bandeira diária. Muitos elogios temos recebido e a consciência do dever cumprido nos acompanha, tendo a tranquilidade e a sabedoria adquirida ao longo dos tempos a alertar que estamos fazendo, nada mais nada menos, do que a nossa obrigação. Isso não é difícil de se conseguir quando se tem pessoas comprometidas trabalhando em equipe. O sucesso não é de um ou dois, mas de todos, assim como o contraditório também. Estamos precisando de tomadas de decisões que envolvam o bem comum, de toda sociedade, não apenas de um ou alguns. A oitiva das comunidades e de seus líderes é importante para a construção de um mandato sério e transparente. Não devemos ter medo da política nem dos políticos, devemos ter medo é das nossas omissões ou decisões equivocadas, pois nos levarão a problemas futuros oriundos das nossas escolhas erradas.

É imprescindível que os gestores não fiquem reféns dos recursos vinculados à União ou ao Estado, pois estes, não estão cumprindo totalmente suas obrigações. Atrasos e inadimplência surgem todos os meses e os municípios esforçam-se para manterem-se de pé; muitos não estão conseguindo. Por esse motivo temos que ser criativos para conseguir aumentar a arrecadação e diminuição de despesas, muitas vezes tendo que tomar atitudes que não agradam algumas pessoas. Mas administrar com responsabilidade requer tomada de decisões.

Decidir pensando no todo e não apenas em pedaços requer coragem, competência e visão administrativa, imprescindíveis ao sucesso do nosso mandato.