Início Editorial Eleição dos EUA, Stallone e Schwarza

Eleição dos EUA, Stallone e Schwarza

Em novembro de 2020, a eleição presidencial dos Estados Unidos será marcada pela disputa entre o atual mandatário Donald Trump, conservador do Partido Republicano, e Joe Biden, progressista do Partido Democrata.

O pleito coloca em evidência, mais uma vez, a discussão sobre a participação do Estado na vida das pessoas, na vida de um país. Trump representa o Estado mínimo, e Biden provavelmente, se for eleito, poderá aplicar uma participação maior do Estado, seja na economia, seja em políticas sociais, especialmente na educação e na saúde. Em um momento como o atual, com a crise econômica histórica e pesadíssima em função da pandemia, a participação do Estado é de extrema relevância. Biden pode ser mais adaptável ao contexto do coronavírus.

Na cultura estadounidense, a questão do tamanho do Estado é bastante complicada, pois os Estados Unidos, historicamente, são caracterizados pelo liberalismo econômico/político.

O cinema de Hollywood, popular no Brasil e em vários outros países, é pródigo em discutir esse assunto. Podemos citar dois filmes de ação: ‘O vingador do futuro’ (1990, de Paul Verhoeven, estrelado por Arnold Schwarzenegger) e ‘O demolidor’ (1993, de Marco Brambilla, protagonizado por Sylvester Stallone). Ambos os filmes abordam uma realidade futurista que se confunde entre o utópico e o distópico, em uma evidente crítica à excessiva participação do Estado.

Trump já declarou: “Não vamos permitir que destruam a nossa cultura”. O liberalismo econômico/político procura estabelecer um ideal de liberdade, seja nas atividades econômicas através do capitalismo competitivo, seja na ideia de permissão sobre o comportamento das pessoas. Em boa parte do idealismo estadounidense, o Estado se coloca como um empecilho ao liberalismo e à democracia. É um ideal de direita, válido. Não é definitivo, mas é válido, inclusive do ponto de vista filosófico.