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Hora de dar o salto

Fim de semana passado foi de grandes vitórias da dupla Gre-Nal. O Grêmio no jogo da vingança contra Ronaldinho, conseguiu uma vitória de virada contra o Flamengo, e o Inter passou pelo Atlético GO, no Serra Dourada, e entrou novamente na briga pela Libertadores. Agora chegou a hora de dar o salto, os dois, o Inter contra o Fluminense de Abel, Sóbis e Edinho, e o Grêmio contra o galo mineiro, em Sete Lagoas, Minas Gerais. Com o time considerado ideal, o Inter que não jogou bem, mas venceu em Goiânia, precisará mostrar muito mais para passar pelo Flu. D’Alessandro volta, o que é muito importante, mas Oscar vai ter que voltar a jogar o que jogava antes de ir para a seleção, e Damião também tem que reencontrar o futebol de antes da lesão. Aí sim, o Inter poderá atropelar o Flu. Caso contrário, corre riscos, e se não vencer se complica, pois vão ficar faltando 5 rodadas.

O assunto dos últimos dias foi o Ronaldinho Gaúcho e a revolta da torcida gremista e gaúcha com o jogador que voltou ao estádio Olímpico domingo passado. Foi uma coisa incrível a manifestação dos torcedores, mesmo que sem violência, contra o jogador. E ele, cheguei a postar no meu Twitter, mesmo sendo rodado como é, estava visivelmente nervoso durante os hinos. Mas eu preciso falar o que eu acho, mesmo que sendo contra 98% dos torcedores. O Ronaldinho, ele, só ele, não é um cara ruim, é um moleque que gosta de pagode, de coisas simples, de uma cerveja, de mulher, de tudo que uma pessoa normal gosta. O problema é que a vida dele é administrada pelo irmão e empresário Assis, e o Ronaldinho praticamente não tem muitas vezes poder de decidir nada. O Assis, como homem de negócio, pensa em cada centavo que possa fazer falta algum dia, ou que tenha feito falta antes da fama dos dois. Agora, se fosse pelo Ronaldinho, ele já teria até voltado para o Grêmio anos atrás, para ficar perto da família e dos amigos do pagode. A vida de jogadores profissionais é decidida pelo dinheiro, todos eles. A carreira é curta, e muitas vezes a paixão por algum clube não vale nada, como foi o caso do Ronaldinho.

Falando em craque, e milionários, o que o Neymar vem jogando é uma coisa fora de série. Joga muita bola. É atrevido, é objetivo, e é útil para o time. O Robinho por exemplo. É um jogador que faz firula, pinta sempre de craque, mas não tem objetividade para o time. Pedala, olha para as câmeras, para o telão do estádio para ver se está aparecendo, enfim, faz marketing do próprio futebol. Gols, muito poucos. Já o Neymar, não se preocupa na hora do jogo pelo menos, com o que está ao seu redor, só com a bola e com os adverários. Esta é a diferença. Acho que está aí um craque como não tínhamos no futebol brasileiro há muito tempo. Pena que a vida dele no futebol brasileiro seja curta. Falando nisso, fiquei impressionado com uma entrevista que ouvi do presidente do Corinthians, que tenta trazer Tevez de volta. Disse que o jogador se paga, com venda de camisas, com marketing, com cotas, enfim. É outra cabeça. Um pensamento que trouxe Ronaldo, Adriano, e vai trazer Tevez. Assim, pensando alto, que se deve fazer um time vitorioso, que movimenta os torcedores e ganha títulos, e por isso o Corinthians está mais perto do que os outros de conquistar mais um Campeonato Brasileiro.