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Juros baixos aquecem mercado imobiliário

Momento é propício para adquirir primeiro imóvel e para investir

Ricardo Gais
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Rolf Steinhaus

Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, alguns setores oferecem boas oportunidades para compra ou investimento. O mercado imobiliário, com a queda da taxa básica de juros (taxa Selic) em 2% ao ano, que chegou ao seu menor patamar da história, reduziu a rentabilidade de aplicações em renda fixa. Assim, os imóveis voltaram a se tornar uma alternativa de investimento.

De acordo com o presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Flávio Bender, assim como no País, o ramo imobiliário no Município está bem aquecido e interessante, mesmo em meio à pandemia. “O mercado deu uma aquecida devido à baixa na taxa Selic, as modificações de linha de crédito e financiamento que tiveram baixa nos juros de imóveis. Então, a procura nesse mercado está bem interessante”, explicou.

Bender comenta que com a queda da taxa Selic, o mercado imobiliário virou uma alternativa para investimento. “Ou você faz um investimento de risco na Bolsa de Valores, se a pessoa não tem conhecimento tem a chance de ganhar, mas também de perder. Enquanto isso, o imóvel te dá uma segurança e valorização do patrimônio”, disse. O presidente do Seisc também explica que o imóvel passa a ser valorizado com o tempo, além de ter uma renda de 5% ou 6% ao ano. “Esse rendimento nenhum outro investimento oferece atualmente”, salientou.

Com a mudança no cenário, os investimentos ficaram mais atrativos no ramo imobiliário e a tendência agora é de crescimento no setor, já que o preço dos imóveis foi pouco afetado pela crise. Além dos juros baixos incentivarem quem deseja financiar a casa própria, a baixa da Selic faz com que os investidores redirecionem seus investimentos para o setor.

A baixa dos juros incentiva novos investimentos e são atrativos para quem almeja realizar o sonho da casa própria. “O investidor que queira aplicar o dinheiro dele para render em algum lugar, é bom que aplique em algum imóvel, pois ele vai ter rendimento. É melhor do que deixar o dinheiro parado”, comenta Bender.

O presidente recomenda a quem deseja investir em um imóvel, que procure por uma corretora imobiliária, que irá indicar a melhor opção ao cliente. “Hoje o imóvel é um investimento atrativo e o momento é agora”, finaliza.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 10,82 bilhões em julho de 2020, com crescimento de 16,7% em relação ao mês anterior e alta de 61,5% comparativamente ao período do ano passado. Foi o segundo melhor resultado para um mês de julho na série histórica pós-Real.

Nos últimos 12 meses, os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 341,4 mil imóveis, alta de 29,5% em relação aos 12 meses anteriores, quando 263,6 mil unidades foram beneficiadas pelo crédito imobiliário do SBPE.

A Abrainc estima que a tendência é que a renda do aluguel supere os ganhos com aplicações em renda fixa e a valorização dos imóveis costuma aumentar com juros baixos.