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Santa Cruz registra 10 casos de Leptospirose

Número é considerado baixo. Para reduzir casos, Município orienta sobre cuidados e prevenção nas redes sociais, unidades de saúde e através da imprensa

Luciana Mandler
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Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminada poderá se infectar. Foto: Luciana Mandler

Desde o início do ano até agora, Santa Cruz do Sul confirmou 10 casos de Leptospirose. Os casos foram confirmados em moradores do interior do Município e dos Bairros Centro, Esmeralda, Progresso, Rauber, Santa Vitória e São João.

Em relação aos últimos dois anos, o número é considerado pequeno, já que de janeiro a agosto do ano passado foram confirmados 30 casos, contra 16 no mesmo período em 2018. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, neste ano não houve mortes, enquanto que em 2019 registrou-se um óbito.

Conforme a médica veterinária da Vigilância Sanitária, Daniela Klafke, uma das razões para o pico em 2019, foi em função de um grupo de amigos que tomou banho em um açude e acabou tendo alguns casos a mais que o previsto. “Este ano que estamos com número reduzido”, afirma. “Uma das razões que pode estar contribuindo para isso é o atual cenário, com a pandemia do novo coronavírus, em que as pessoas acabam ficando mais resguardadas em suas casas”, avalia.

Daniela explica ainda que a maioria dos casos está vinculada a alguma exposição ao meio ambiente. “Estando mais resguardadas em seus domicílios, a tendência é que haja diminuição de contaminação pela bactéria Leptospira”, explica. A médica veterinária destaca também que, no início do ano, Santa Cruz confirmou dois casos em decorrência de banho no rio. “Foram dois casos e o restante são esporádicos, isolados, está dentro do previsto”, sublinha. Os casos em agricultores são tidos como normais, pois as atividades nas propriedades rurais não param. “Então estes casos temos todos os anos”, frisa.

ORIENTAÇÕES

Para reduzir os números de casos confirmados de Leptospirose, a Secretaria de Saúde orienta a população. Segundo Daniela, são utilizadas as redes sociais para informar e orientar, imprensa, além das unidades e equipes de saúde – que estão preparadas para tratar sobre o assunto. “A orientação se dá no dia a dia. É um trabalho contínuo de orientação para que possamos reduzir cada vez mais estes casos”, finaliza.

O QUE É A LEPTOSPIROSE

A Leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. A penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.

O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de um a 30 dias e normalmente ocorre entre sete a 14 dias após a exposição a situações de risco.

QUAIS SINTOMAS
Febre;
Dor de cabeça;
Dor muscular, principalmente nas panturrilhas;
Falta de apetite;
Náuseas/vômitos;
Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse;
Mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.

COMO PREVENIR

As recomendações da Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária estão voltadas à higiene:
– Ter cuidado: lavar bem as mãos e os alimentos;
– Não se expor em locais com cheias, enchentes;
– Evitar tomar banho em rios, açudes que não tem conhecimento;
– Se tiver suspeita de urina de rato no pátio, usar luvas para a lida.