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Santa-cruzense busca doações para museu colonial


Museu Colonial passou por reforma e deverá ser reaberto em dezembro (Divulgação)

Tiago Mairo Garcia

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Um encontro com o passado para relembrar nossas origens. É com esse objetivo que o professor aposentado Emigdio Henrique Campos Engelmann está trabalhando para reativar o museu colonial Henrique Engelmann Sobrinho situado na propriedade da família, em Alto Sinimbu, localidade distante cinco quilômetros do Centro de Sinimbu. O local foi inaugurado em 26 de setembro de 1998 pelo cônsul da Alemanha no Brasil, Gunther Jacob, no governo do prefeito Mário Rabuske e recebeu o primeiro nome de Museu Colonial de Sinimbu. Desde 2004, o local está fechado para visitação pública.

A casa onde está o museu foi construída pelo imigrante alemão Johann Gottfried Boettcher, que chegou ao Brasil em 1858 e se instalou em Alto Sinimbu. O prédio que tem 120 m² em estilo enxaimel passou por reforma e recebeu nova pintura. O assoalho, feito com toras de louro e o forro arredondado foram mantidos. O local também funcionou como um antigo salão de bailes e pousada de tropeiros.

Atual curador do museu, Engelmann conta que antes de fechar, o espaço teve parte de seu primeiro acervo furtada. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia, mas os objetos nunca mais foram encontrados. “O que sobrou, uma parte das peças era emprestado e foi entregue para proprietários, outra parte foi doada para o museu de Vera Cruz e algumas peças eu guardei”, conta.



Curador do museu, Emigdio Engelmann busca doações ou empréstimo de peças antigas para acrescentar ao acervo (Tiago Mairo Garcia / Riovale Jornal)

Em janeiro deste ano, um novo inquilino assumiu a área do museu. Com o objetivo de fomentar o turismo no local, Engelmann e o inquilino decidiram reabrir o espaço para visitação pública. O museu, que funcionará num espaço um pouco menor do que o antigo, está dividido por ambientes: o local terá cartões postais, antigo Hotel de Veraneio, escritório, origem, inauguração da Ponte Engelmann, costura, cozinha, banheiro, marcenaria, quarto de criança, escolas, religião e maquinário agrícola. “No local já temos uma unidade do maior fogão a lenha produzido no Brasil, um Geral número 9. É uma peça rara e achei outra semelhante somente em São Paulo”, conta Emigdio.

Visando organizar os ambientes, Engelmann levou as peças antigas que possuía para o local e decidiu pedir doações de mais peças para aumentar o acervo. “Aceitaremos empréstimo de antigos brinquedos de madeira, bonecas, instrumentos musicais, pequenas ferramentas agrícolas, além de coisas bem simples como chaleiras, ou ate um par de  tamancos antigos. As pessoas que vierem a emprestar algo, formalizaremos um termo onde poderão retirar a peça a qualquer momento”, frisou o curador. 

Uma carroça de 1930 já foi colocada na frente do museu e em breve será construída uma cobertura para fotos. O curador frisou que o local é um atrativo turístico e pede que a Prefeitura de Sinimbu realize uma sinalização de acesso ao espaço. A previsão é de o museu ser reinaugurado em dezembro, em data a ser definida. Quem quiser doar ou emprestar peças antigas para o museu, pode entrar em contato com Emigdio Engelmann pelo telefone/WhatsApp (51) 9 9945-4326.