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Saúde em alerta | Superlotação nas unidades de atendimento preocupa

Autoridades apelam à comunidade por vacinação diante da baixa cobertura de imunização, inclusive de crianças

Crianças de 6 meses a menores de 6 anos têm cobertura vacinal de apenas 26,4%
Banco de Imagens/RJ

A crescente superlotação nos prontos atendimentos de Santa Cruz do Sul tem acendido o alerta entre as autoridades municipais de saúde. O cenário se agrava com a baixa adesão à vacinação contra a gripe, especialmente entre crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grupo com cobertura vacinal de apenas 26,4%, segundo dados da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Entre os idosos, a taxa é de 47,3%.

Diante da situação, o prefeito Sérgio Moraes (PL), o vice-prefeito Alex Knak (MDB), o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Rabuske, e o líder do governo na Câmara, vereador Edson Azeredo (PL), reuniram-se com representantes dos hospitais Ana Nery e Santa Cruz, além de técnicos da Prefeitura, para alinhar estratégias de enfrentamento ao momento crítico na rede municipal.

Somente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, foram registrados 4,5 mil atendimentos em maio, número superior aos 4,3 mil da UPA do Esmeralda. “Foi algo nunca visto, a procura tem sido muito grande e a maioria dos casos são de doenças respiratórias”, apontou Rabuske. Ele mencionou ainda que, em determinado momento, 36 crianças aguardavam simultaneamente por atendimento no Cemai.

Para o superintendente do Hospital Ana Nery, Gilberto Gobbi, a sazonalidade influencia diretamente esse quadro. “Em maio são comuns as oscilações de temperatura, o que favorece o aumento dos problemas respiratórios. Com a chegada do inverno e o clima mais estável, a tendência é que o número de atendimentos se estabilize”, explicou. Gobbi destacou que o ano tem sido atípico em intensidade de casos. “A gripe está mais forte, as pessoas adoecem mais.”

Frente ao atual cenário, o prefeito Sérgio Moraes reforçou o apelo à vacinação. “Quem não se vacina acaba pegando as doenças de inverno e aumentando as filas nos plantões e nos hospitais. Pedimos que a comunidade nos ajude fazendo a vacina e compreendendo que estamos em um momento de crise na saúde em Santa Cruz do Sul e em todo o Estado do Rio Grande do Sul”, alertou.

A vacina da Influenza é oferecida gratuitamente nas unidades de saúde da cidade e tem como principal objetivo evitar complicações, internações e mortes causadas por infecções respiratórias. A Prefeitura segue orientando a população a buscar os serviços da atenção básica para receber a imunização.

Horários das unidades de saúde do município, de segunda a sexta-feira

  • Na cidade: manhã, das 7h45 às 11h15; tarde, das 13h30 às 16h30
  • No interior: manhã, das 7h30 às 12h; tarde, das 13h30 às 16h
  • SIS/Unisc: manhã, das 8h às 11h; tarde, das 13h às 16h
  • Plantões noturnos: Cohab e Linha Santa Cruz, das 18h às 21h
    A Prefeitura segue monitorando a situação e pede o apoio da comunidade para prevenir o agravamento do cenário, especialmente com medidas simples como a vacinação e o uso consciente dos serviços de emergência