Início Editorial Triste, muito triste

Triste, muito triste

Um ano atrás, começávamos a sofrer com o drama do coronavírus. Naquele momento, em março de 2020, algumas informações e boatos que circulavam davam conta de que a pandemia duraria pouco tempo. Muitas dúvidas surgiram: o vírus era realmente perigoso? A economia deveria reduzir sua atividade para conter a transmissão da doença? Do quanto teríamos que abrir mão para evitar o alastramento do coronavírus?

Completamos um ano de pandemia no Brasil. As previsões mais otimistas quanto à duração da mesma, caíram por água abaixo. Não temos perspectiva para o fim deste pesadelo, embora a vacinação, ainda em estágio inicial, represente uma esperança para encerrarmos este capítulo triste da humanidade.

“O vírus era realmente perigoso?” Não só era, como ainda é. “Mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo morreram devido ao coronavírus”, informou o site da CNN Brasil, em 25 de fevereiro de 2021. “A economia deveria reduzir sua atividade?” De fato, a economia encolheu neste último ano, o que é trágico, pois o trabalho e a renda caíram para milhões de pessoas. “Economia do Reino Unido tem tombo recorde de 9,9% em 2020”, escreveu o site G1, em 12 de fevereiro.

“Do quanto teríamos que abrir mão?” A debacle econômica já responde parte dessa pergunta, o preço é alto em termos financeiros e empregatícios. Outra parte dessa questão pode ser respondida no sentido de que muitas pessoas não conseguiram abrir mão de determinados prazeres. E o preço, em termos de saúde, é elevadíssimo em consequência deste comportamento.

Se a saúde e a economia passam por uma fase tenebrosa, a população deveria ficar atenta para evitar alguns prazeres, pelo menos enquanto durar a pandemia. Foi vergonhoso o que vimos no início deste ano, a irresponsabilidade, o desprezo pela preservação da vida, especialmente no Rio Grande do Sul e no Brasil. Triste, muito triste.