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Você se preocupa com seu emprego ou com sua empregabilidade?

Pesquisa Termômetros da Sociedade Brasileira apurou que o índice de Medo do desemprego calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) subiu de 73,5 para 74,7 pontos entre março e junho. O medo de perder emprego foi maior entre os jovens (77 pontos) e entre os idosos (76,4 pontos).
A verdade é que, após o advento da globalização, não há mais segurança no emprego. E o profissional que gasta tempo desenvolvendo as competências que correspondem às necessidades e exigências do mercado de trabalho tem mais chances de entrar e se manter na função. Porém, aquele que não se preocupa com sua empregabilidade dificilmente estará protegido dos riscos inerentes ao mercado.
Entre os e-mails que recebi, após a palestra “Sucesso é viver na contramão do mundo: Você é a sua melhor marca”, na Ulbra Cachoeira, o da jovem universitária Juliane Couto Vinchiguerra chamou-me a atenção:
“Ao assistir sua palestra me identifiquei em vários pontos, pois vivo na contramão do mundo, literalmente. Às vezes deixo de fazer coisas do meu lazer para poder cumprir tarefas escolares e do trabalho, as quais me trazem muitos benefícios”.
Juliane parece ter se dado conta que, num mercado altamente competitivo, para se obter um resultado diferente da maioria deve-se fazer o que a maioria não faz, já que o profissional não é mais remunerado por sua inteligência, mas por sua raridade.
Eu, por exemplo, paguei caro para aprender essa lição. Lembro-me bem daquela quinta-feira ensolarada, dia 2 de fevereiro de 1995, quando, minutos após entrar na agência do Banco Bamerindus em Cachoeira do Sul onde eu trabalhava há cinco anos, um acontecimento inesperado mudou minha vida para sempre: Fui demitido.
Após o chefe de serviço fechar a porta de vidro às minhas costas, desnorteado, sentei no banco da Praça José Bonifácio e, durante um bom tempo, fiquei pensando sobre o futuro, enquanto observava as pessoas que passavam pela rua. No dia seguinte saí à procura de um novo emprego. Apresentei meu currículo para algumas empresas da cidade, mas só dei “com os burros n’água”. Foi aí que concluí que, por ter uma carreira de bancário aparentemente sólida, não investi na melhor marca do mercado: Eu mesmo. Desde então meu alerta é: preocupe-se com sua empregabilidade para não se preocupar com seu emprego.