Início Geral Voluntariado: um ato de amor, respeito e solidariedade

Voluntariado: um ato de amor, respeito e solidariedade

Luciana Mandler
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Dedicar-se a alguma coisa sem ter o sentimento de obrigação de fazê-la e sem esperar nada em troca. Esse é o significado da palavra voluntariado. Gesto este que representa muito mais do que apenas fazer algo por alguém, é um gesto de amor, carinho e respeito ao próximo, além de empatia e solidariedade.

No dia em que celebra-se o Dia Nacional do Voluntariado, 28 de agosto, neste sábado, teríamos diversos bons exemplos para mostrar. O Riovale Jornal trás cinco deles, de mulheres que dedicam parte de seu tempo com este gesto e têm como recompensa um sorriso sincero, um abraço apertado e o reconhecimento pelo que está sendo feito.

Maribel Dockhorn, Anna Rauber, Roseli Maria Frey, Ângela Beatriz Becker e Carmen Luiza Freitas têm em comum a sensibilidade e o entendimento do que é se doar sem esperar alguma coisa em troca e o amor pela mesma entidade, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Cruz do Sul.

Maribel Dockhorn, formada em pedagogia séries iniciais, adora estar com a família e amigos. Outras paixões são cuidar do jardim e de seus cachorros. Com espírito sempre voltado a querer ajudar, Maribel é atual presidente da entidade. Descrevendo-se como uma pessoa comprometida e responsável com o que faz, Maribel destaca que estar à frente de uma entidade como a Apae é desafiador e apaixonante.

“Desenvolvo o trabalho voluntário na Apae há quase 10 anos, fiz parte da diretoria social, fui vice-presidente e agora estou presidente, sublinha. “Aprendi muito nesses anos, e sei da responsabilidade de gerir uma entidade que atende mais de 498 pessoas com deficiência intelectual e múltipla, por isso, o auxílio de toda diretoria é fundamental”, aponta. “São 30 pessoas que integram a diretoria e que dedicam seu tempo para que nossa Apae esteja sempre bem”, completa.

O voluntariado entrou na vida de Maribel a mais tempo. São mais de 19 anos dedicados diferentes causas. “Vejo isso como um propósito de vida, amo o que faço”, enfatiza. “Não é porque hoje sou presidente da Apae que deixei de atuar em outras causas”, afirma. Além da Apae, a voluntária se dedica a ouros trabalhos, como a Liga Feminina de Combate ao Câncer e causa animal. “Ser voluntário é mais do que querer ajudar, é ter empatia, respeitas as pessoas e de alguma forma tentar fazer a diferença na vida delas”, acredita. “Voluntariado é mais do que doação, é doar e receber amor”, acrescenta.

Para Maribel, é um envolvimento diário onde se trabalha para o bem dos assistidos (referindo-se a Apae). “Eles nos inspiram, fortalecem e motivam nessa caminhada que assumi e tenho orgulho, e que às vezes as tempestades da vida nos fragilizam, mas estando lá me sinto revigorada”, alegra-se.

E se engana quem acha que Maribel não está presente no dia a dia da entidade. Diariamente ela está lá, buscando a sanidade financeira e equilíbrio de contas, e no mesmo sentindo buscando sempre aplicar os recursos da melhor forma, contratando profissionais qualificados, construindo e implantando espaços onde cada atendido seja trabalhado e tenha um desenvolvimento pleno.

Para unir forças, além da equipe, a vice-presidente Anna Rauber contribui e dá apoio, além de também emprestar horas de seu dia em prol do próximo. Anna é voluntária há oito anos e sempre participou do social da entidade. “Comecei auxiliando na arrumação do ginásio para os jantares. Tínhamos o desafio de deixar aquele espaço lindo e agradável para bem receber quem vinha nas festividades”, lembra.

“Voluntariar pra mim é todos os dias caminharmos para frente, fazendo o melhor que temos para o nosso próximo. Só assim poderemos dizer que temos feito de nossa existência uma comemoração em prol do nosso próximo”, reflete Anna.

Para finalizar, de forma resuma, mas cheia de significado, Maribel reforça que ser voluntário para ela é ser tocado e tocar o coração de outras pessoas, é perceber no outro a presença de Deus, é saber que juntos podemos transformar. “É ter respeito as pessoas, ter humildade e dedicação, um envolvimento diário que nos inspira e fortalece e motiva”, conclui.

Mulheres que se dedicam e se sentem felizes em ajudar o próximo

Desde maio Roseli Maria Frey e Ângela Beatriz Becker são voluntárias na Apae. Elas são responsáveis por cuidar do brechó da entidade. Elas recebem as doações, selecionam, lavam e organizam colocando preços nas peças. Algumas peças vão para doação dos assistidos.

Roseli e Ângela também organizam o Brique da Apae, que ocorre duas vezes por ano, e lembram que todo o dinheiro é revertido para os alunos. Hoje, muitos objetos de madeira são confeccionados pelos alunos e comercializados no brechó. Tudo é organizado com muito amor por todos que lá trabalham”, destacam.

Para elas, o trabalho de voluntariado no Brechó da Apae é extremamente gratificante, pois acreditam que ajudar as pessoas é um ato de amor, respeito e solidariedade. “É um sentimento de profunda gratidão”, revela uma delas. Através do voluntariado, Roseli e Ângela avaliam que podem se tornar pessoas mais tolerantes, empáticas e afetivas.

Roseli Maria Frey (Crédito: Divulgação)
Ângela Beatriz Becker (Crédito: Divulgação)

Quem também contribui com parte do seu tempo, amor e carinho é Carmen Luiza Freitas. Ela é do lar e desde 2019 auxilia no brechó. Além de voluntária, a dona de casa conta que sua filha frequenta a Apae desde bebê.

“Gosto de ocupar meu tempo e também de dar minha colaboração para a entidade”, frisa. “Sempre gostei de trabalho voluntário, ajudava na maquiagem das alunas do grupo de dança da Escola Rosário. Na Apae participo das atividades sempre que necessário”, diz. “Me sinto muito feliz em poder, de alguma forma, ajudar a entidade. Fazer uma boa ação”, complementa.

Carmen Luiza Freitas (Crédito: Divulgação)