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18,2 mil exemplares foram vendidos

Volmir Dias, de Novo Hamburgo participa há pelo menos dez anos do evento

Rosibel Fagundes
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A 32ª Feira do Livro de Santa Cruz encerrou com um balanço positivo. A programação que seguiu entre os dias 4 a 10 de setembro, na Praça Getúlio Vargas no centro de Santa Cruz registrou a venda de 18,2 mil exemplares. Conforme a comissão organizadora em sete dias, o evento recebeu 26 mil pessoas. Além das 17 bancas de livreiros vindos de diferentes municípios do estado, a Feira contou com espaços especiais, atrações culturais, espetáculos e bate-papos a partir do tema “Literatura em rede” e, durante todos os dias foram realizadas apresentações de escolas e conversas com escritores convidados. Para a gerente do Sesc de Santa Cruz do Sul, Roberta Pereira, “a nossa avaliação é muito positiva, tanto de público quanto de números de livros vendidos. São números muito expressivos. Este ano tivemos dois dias a menos de programação, ou seja, um final de semana a menos do que nos anos anteriores, mas nossa avaliação é de que isso não impactou no andamento da Feira”, afirmou.

Alessandro Fernandes, de Santa Maria, diz que apesar de poucos dias a organização da Feira está de parabéns

Apesar do sucesso em vendas e de público, a redução no número de dias causou um certo desconforto entre livreiros e comunidade. Para o analista de sistemas, Fábio Machado, 36 anos, foram poucos dias para o público conferir as atrações e adquirir os exemplares. “Fica difícil para quem trabalha ir durante a semana, e apenas um final de semana é muito pouco. Sem falar que a chuva atrapalhou bastante”, afirmou. Para o livreiro Volmir Dias, de Novo Hamburgo, que participa há pelo menos dez anos do evento, apesar das vendas estarem dentro da expectativa a diminuição de dias pode ter prejudicado um pouco. “Não dá pra reclamar, mas acredito que se houvesse mais dias teria sido melhor. Perdemos um final de semana, que é o ápice do evento, mas esperamos que na próxima edição tudo volte a normalidade. Até porque, a Feira do Livro de Santa Cruz é bem aceita pela comunidade, é um evento sólido e a comunidade comparece”. Sobre as perspectivas do mercado de livros digitais, e o impresso o livreiro garantiu que “são dois produtos diferentes, mas um não tira o espaço do outro. A tecnologia domina, mas o livro impresso vai ter seu espaço sempre. São produtos distintos, mas que abrangem o universo do conhecimento”. Entre os livros de maior procura ele definiu os mediáticos e clássicos, além dos de desenvolvimento pessoal. 

Roberta Pereira:

Em outra banca, o representante Alessandro Fernandes, de Santa Maria, que este ano completou cinco anos de participação na Feira também concordou com o colega. “A organização foi muito boa, a estrutura também. As vendas foram muito boas, mas se tivéssemos dois finais de semana teríamos mais tempo para a venda e para o público poder conferir o espaço”, destacou.
Sobre a redução de dias do evento, Roberta Pereira advertiu que o mais importante é o que a Feira proporciona à comunidade e aos estudantes. “Para nós, o que é mais importante é a movimentação do público, a participação das escolas que tiveram um envolvimento muito grande com a programação deste ano. Para 2020 ainda não temos nenhuma definição, nas próximas semanas vamos nos reunir com a comissão organizadora para avaliar a edição deste ano, e ver o que vamos manter e coisas que podemos melhorar. E com relação ao número de dias ainda não temos uma definição, mas eu particularmente penso que vamos manter o número de dias desta edição, pois, apesar da programação ter sido reduzida em vista de outras edições, o conteúdo seguiu de qualidade”, concluiu.