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8º Festival Santa Cruz de Cinema | Curta mineiro “Soneca e Jupa” é o melhor filme

“À Borda da Vida” foi o melhor curta gaúcho e “A Balada de Um Artista em Extinção” venceu a Mostra Olhares Daqui

Premiação aos vencedores encerrou o evento na noite de sexta-feira na Unisc
Fotos: Pauta Conexão e Conteúdo

Em noite de celebração no Auditório Central da Unisc, na sexta-feira, 13, o curta-metragem “Soneca e Jupa”, de Rodrigo R. Meireles, foi consagrado como o grande vencedor da oitava edição do Festival Santa Cruz de Cinema. O filme mineiro levou os troféus de Melhor Filme, Melhor Direção de Fotografia e o reconhecimento do Júri Popular.

Entre os destaques da Mostra Nacional, a produção brasiliense “Vão das Almas” conquistou dois prêmios: Melhor Ator, para Luan Vinícius, e Melhor Direção de Arte, com Sarah Noda. Já “Cavalo Marinho”, de Pernambuco, rendeu a Divina Valéria o prêmio de Melhor Atriz. O paranaense “Ruído” venceu em Melhor Desenho de Som, enquanto “Dependências”, do Rio de Janeiro, foi premiado em Figurino, assinado por Antônio Medeiros de Oliveira e Tatiana Rodriguez.

Na Mostra Gaúcha, “À Borda da Vida”, de Camila Bauer, recebeu o prêmio de Melhor Curta. O filme “Pastrana” levou dois troféus: Melhor Direção, de Gabriel Motta e Melissa Brogni, e Melhor Roteiro, escrito pelos diretores em parceria com Júlia Cazarré. “Ana Cecília”, faturou Melhor Montagem, de André Berzagui. Já “Posso Contar nos Dedos” destacou-se pela trilha sonora de Gabriel Portela e Nadine Lannes.

A Mostra Olhares Daqui, voltada a produções de Santa Cruz do Sul, premiou “A Balada de Um Artista em Extinção”, de Vitz Almeida e Maurício Bremm, com o Troféu Tipuana. O festival também anunciou o homenageado de 2026: o ator Reginaldo Faria. A próxima edição ocorrerá entre 15 e 19 de junho do ano que vem.

Pitch inédito valoriza audiovisual do interior

Especialistas do mercado trocaram experiências com produtores e realizadores

Na última sexta-feira, 13, o Festival Santa Cruz de Cinema sediou a primeira edição do Pitch & Rodada de Negócios, uma iniciativa inédita promovida pelo Santa Cruz Polo Audiovisual. Oito projetos foram apresentados por realizadores de diferentes regiões do país, em um momento voltado à conexão direta com profissionais do mercado audiovisual.

Dos 13 inscritos, foram selecionados os projetos “Melhor Amiga das Noivas” (Júlia Ribeiro Cazarré), “Gringo” (Klaus Lopes), “O Mago das Cores” (Fernando Vanelli), “Atos e Omissões” (Gustavo Acioli), “Marvin” (Jonatan Pacheco), “Porongos” (Diego Müller), “Tempo, Mano Velho” (Gabriela Kopp) e “O que há de novo?” (Victor Castilhos). As obras foram avaliadas por um júri composto pela produtora Paola Wink, a diretora Daniela Israel e o roteirista e produtor executivo Pedro Guindani.

O destaque do dia ficou com “Tempo, Mano Velho”, escolhido pelo júri como o Projeto Destaque do pitch. “Apresentar o projeto para mais pessoas e ver que elas se apaixonam por ele tanto quanto nós é muito legal”, celebrou a roteirista Gabriela Kopp. Para ela, o momento foi emblemático: “O pitching é muito difícil, é um tempo muito reduzido, mas a gente sabe que é assim que o mercado funciona. Talvez as pessoas não se deem conta do quão gigante é esse passo que o evento está nos proporcionando”.

O projeto também foi selecionado por dois players convidados para a rodada de negócios. “Conversar com pessoas que já estão no mercado rodando séries incrivelmente famosas é indescritível. Prova, mais uma vez, que existe cinema no interior do Estado”, destacou Gabriela.
Para a produtora e jurada Paola Wink, o evento representa um passo importante para o setor. “Essas ações de mercado e de formação são fundamentais para fomentar o cinema local, principalmente com a presença de realizadores de outros estados, pois gera essa integração e troca de culturas”, afirmou. Ela também ministrou um workshop de produção executiva durante o festival, fortalecendo o elo entre formação e mercado.

Os profissionais do setor audiovisual convidados – Carla Esmeralda, Bia Caldas e Rodrigo M. G. Boecker – acompanharam os pitches e selecionaram seis projetos para encontros individuais. O destaque foi “Melhor Amiga das Noivas”, única produção selecionada por todos os três players. “Quando eu vi os players, pensei: ‘Se eu conseguir falar com qualquer um deles já vai ser incrível pro projeto’. O feedback desse tipo de profissional é uma oportunidade que eu não consigo nem dimensionar”, declarou a realizadora Júlia Ribeiro Cazarré.

A produtora Carla Esmeralda elogiou a iniciativa. “Estou impressionada com o profissionalismo do evento, do pitching e dos projetos que encontrei aqui. Minha palavra para esse festival é profissionalismo”, frisou. Em painel complementar, os três especialistas compartilharam percepções e dicas práticas para contribuir com o fortalecimento do setor na região.