Everson Boeck
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Uma assembleia reunindo os professores estaduais do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) na tarde de ontem, 13 de setembro, no Largo Zumbi dos Palmares, no centro de Porto Alegre decidiu pela suspensão da greve que acontece desde o dia 23 de agosto. Conforme a diretora do 18° Núcleo do Cpers/Sindicato, Miriam Neumann Trindade, a decisão se deu por uma pequena diferença. “Em votação acirrada, a maioria dos professores presentes na assembleia geral votou pelo fim da mobilização”, informou.
A partir de segunda-feira, 16 de setembro, as aulas nas escolas estaduais do Estado devem voltar ao normal. O resultado da assembleia geral do Cpers/Sindicato veio após uma semana movimentada, em que os sindicalistas chegaram a ocupar o prédio da Assembleia Legislativa e conseguiram uma reunião com o governo do Estado.
REFLEXOS
A decisão tomada na assembleia ocorre dois dias depois que a categoria obteve uma vitória no Tribunal de Justiça do Estado, com a proibição do corte do ponto dos grevistas. A liminar impede que o governo do Estado proceda qualquer desconto nos vencimentos dos trabalhadores que estão em greve, bem como qualquer outra medida sancionária contra o movimento. “Essa é uma grande vitoria. Estamos recuando, encerrando esta ‘batalha’, mas a ‘guerra’ não acabou. Esta liminar nos dá fôlego para tentar trazer para o movimento os companheiros que não quiseram parar”, frisa a diretora do Núcleo.
Segundo Miriam, mesmo não tendo atendido a nenhuma reivindicação ela acredita que houve muitas conquistas. “Não obtivemos avanço em nenhuma das nossas exigências. O governo não negociou o pagamento do piso, nem a implementação do Ensino Médio Politécnico. No entanto, hoje toda a sociedade tem conhecimento de que este não é bom para os nossos jovens; e, também, o apoio dos estudantes e toda a comunidade escolar quanto a luta dos professores por um salário justo e digno. Precisou esta greve para dizer ela é necessária e não pode ser coibida”, pontua.
Ramiro Furquim/Sul21
Paralisação foi aprovada dia 23 de agosto, em Porto Alegre, pelo
Cpers/Sindicato e durou até a última sexta-feira, 13 de setembro
Rolf Steinhaus
Durante a greve em Santa Cruz do Sul, estudantes apoiaram
paralisação dos professores














