LUANA CIECELSKI
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Entrou em vigor nessa quinta-feira, 24 de maio, o novo valor da tarifa de transporte coletivo urbano de Santa Cruz do Sul. Conforme decreto publicado na última sexta-feira pela prefeitura, os passageiros pagarão agora R$ 4,00 para se deslocar de ônibus dentro da área urbana da cidade.
Na última quarta-feira, dia 23, o Ministério Público (MP) de Santa Cruz do Sul chegou a entrar com uma liminar na justiça, tentando impedir o reajuste da passagem, pois no resultado dos cálculos solicitados pelo MP a um perito a passagem deveria aumentar para R$ 3,7481, no máximo, R$ 3,75 arredondando. A justiça, porém, ainda não se manifestou sobre o caso.
De acordo com o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst), José Luiz Juruena, a justiça poderá solicitar que o preço seja reduzido nos próximos dias, mas ele não acredita que isso acontecerá. “Normalmente pede-se uma suspenção da nova cobrança até que seja feita uma análise”, aponta. Isso, porém, não tem um prazo para acontecer e enquanto isso, os R$ 4,00 serão válidos.
Protesto foi registrado
Diversos santa-cruzenses têm mostrado, principalmente através das redes sociais, seu desagrado com o aumento da passagem de ônibus, e na última segunda-feira, 21 de maio, também foi realizado um protesto no centro de Santa Cruz. Organizado pelo Sindicato dos Comerciários e pela União dos Estudantes Santa-Cruzenses (UESC), o ato reuniu estudantes e trabalhadores na da Praça Getúlio Vargas.
Em alto e bom som, os manifestantes cantavam diversas palavras de ordem, como “Mãos para o alto. Mãos para o alto. A passagem tá um assalto”. Munidos de uma faixas, os estudantes também deixaram a mensagem de que os trabalhadores não conseguem arcar com um aumento tão alto no valor da tarifa.
Da mesma forma, o presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber, questionou os motivos pelos quais o município tem uma tarifa com preço tão alto, enquanto outras cidades, do porte de Passo Fundo, onde a mesma empresa explora o serviço, tem uma passagem com preço inferior.
A atividade também reuniu integrantes do Movimento de Mulheres em Luta (MML), da CSP-CONLUTAS, do DCE e dos DA´s da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Nos próximos dias, outras ações serão definidas e divulgadas.
