
Sara Rohde
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A partir de agora os consumidores dos produtos naturais vendidos na Feira Pasqualini tem comprovação que consomem alimentos sem veneno, isso porque no início do mês, mais precisamente dia 8 de agosto, os produtores rurais do Núcleo de Agricultores Ecologistas de Santa Cruz do Sul (Naesc), Ane Lore Schweickardt e Flávio Jacob, receberam no Escritório da Emater/RS – Ascar de Santa Cruz do Sul, uma certificação de produção de produtos orgânicos, emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), onde comprova que os produtos oferecidos não contém nenhum tipo de adulteração.
Um total de treze famílias de agricultores das Organizações de Controle Social (OCS) Terra Forte receberam as certificações de registro de garantia. Das famílias, sete são de Santa Cruz do Sul, duas de Passo do Sobrado, duas de Vale Verde e duas de Venâncio Aires.
Para a agricultora Ane Lore, da Linha João Alves, em Santa Cruz do Sul, receber este certificado a deixa muito feliz e satisfeita, pois trabalhou em escritório de contabilidade praticamente toda a sua vida, e sentiu a necessidade de mudar, fazendo o bem e ajudando o próximo, “eu quis mostrar para as pessoas que não precisamos de veneno, de química, é um bem pra mim, para os outros e para o meio-ambiente. Receber este certificado foi maravilhoso”, contou.
Ane se dedica há quatro anos somente para a produção de orgânicos e trabalha em família junto do companheiro, o filho e a nora. “Podemos mostrar para as pessoas que realmente estamos trazendo um produto bom, de qualidade, um produto melhorado, resgatando muitos valores como compostagem, reaproveitamento de tudo que tem na propriedade, sem insumos de fora, ou seja, sem veneno”, ressaltou. Um exemplo é o agrião que Lore produz, que nasce no meio das pedras juntamente com a fonte de água.
Segundo Flávio Jacob, produtor rural de Pinheral, que há anos luta por esse incentivo, é uma bênção receber o certificado, “com 18 anos fiz o primeiro curso agrícola, desde aquele tempo estava esperando por este momento, de poder oferecer meus produtos com garantia de qualidade, sem prejudicar as crianças com o veneno que hoje é usado”, frisou.
O objetivo das Organizações de Controle Social é fiscalizar as produções locais para que os alimentos sejam realmente orgânicos, e para estarem organizados em OCS, os agricultores precisam seguir parâmetros de acordo com as normativas do MAPA que regulamenta a produção orgânica, e possuir formas de controle do registro da informação capazes de assegurar a qualidade do produto. Assim, cada produtor consegue remeter confiança aos consumidores e ainda ganha credibilidade no mercado.














