Início Geral Unisc registra aumento de vestibulandos

Unisc registra aumento de vestibulandos

Em coletiva de imprensa, a reitora Carmen Lúcia anunciou os dados do vestibular

Grasiel Grasel
[email protected]

Cerca de dois mil vestibulandos passaram pelas salas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) no último sábado, 7, para tentar uma vaga em um dos cursos do Vestibular de Verão da Unisc que, a partir do próximo semestre, passam a funcionar de acordo com a “reinvenção pedagógica” anunciada pela reitoria em outubro deste ano. Assim como havia sido no último Vestibular de Inverno, as provas aplicadas foram de redação, que passam a ser um padrão a partir de agora.
O vestibular teve início às 14h30 e se estendeu até às 17h30. De acordo com dados divulgados pela Unisc, os participantes vieram de 126 municípios, de vários Estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Bahia, Mato Grosso e Distrito Federal.
Os cursos mais procurados deste ano foram Psicologia, Medicina Veterinária, Enfermagem, Agronomia e Odontologia, os quais, segundo a reitoria, representaram boa parte do índice de melhoria no número de inscrições. O vestibular de Medicina vai acontecer no dia 11 de janeiro. 
Os temas deste ano da redação foram “Filtro do olhar”, no qual o aluno precisava falar sobre como as pessoas costumam ver a vida de outras como melhores que a sua; “A era da negação”, que desafiava o aluno a dissertar sobre a onda de negacionismo científico que assola não apenas o Brasil, mas o mundo todo; e “Toda criança tem direito”, que sugeria ao vestibulando falar sobre os direitos que as crianças têm ou devem ter.
Existia uma expectativa quanto ao número de inscritos no vestibular, pois, em 2018, a procura havia ficado abaixo do normal. Neste ano, cerca de dois mil vestibulandos realizaram as provas, um aumento de cerca de 25% em relação ao último Vestibular de Verão. O índice de abstenção de 2019 foi de 14%, que é, de acordo com a reitoria, um número satisfatório.

Vestibulandos vieram de 126 municípios de diversos Estados

Outra preocupação que pairava sobre a universidade era sobre a possibilidade dos concluintes de Ensino Médio de escolas públicas estaduais realizarem as provas, pois, caso a greve não cesse, os alunos podem não estarem formados até o período de matrículas. No entanto, a reitora Carmen Lúcia, em coletiva de imprensa, garantiu que estes estudantes poderão apresentar seu certificado de conclusão do Ensino Médio quando puderem. “Se a greve se estender até janeiro, ele vai entregar em março, ele pode fazer a matrícula, é um voto de confiança que a gente dá”, disse.
De acordo com a reitora, as mudanças causadas pela “reinvenção pedagógica” e algumas reestruturações internas da universidade permitiram uma revisão dos custos da universidade, o que pode gerar também uma mudança nos valores das mensalidades. “Ao revermos os custos dos cursos, houve mensalidades que estão mais acessíveis”, disse Carmen.

Mudanças do novo sistema
Embora os efeitos do novo sistema de ensino da universidade já possam ser sentidos em seu vestibular, os impactos em sala de aula só passarão a valer a partir do início do próximo semestre, quando os alunos passarão a estudar nos “módulos” interdisciplinares, que serão de formação geral, específica e onde também entra o Laboratório de Empreendedorismo e Práticas Comunitárias, que vai propor aos alunos uma série de problemas da comunidade que podem ser resolvidos por eles em um trabalho conjunto com colegas de outros cursos.