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A arquiteta que projeta sonhos

Juliana Duré atua como arquiteta há 21 anos

Tiago Mairo Garcia
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Construção Civil. Uma área que durante muito tempo foi dominada pela presença masculina, barreira que vem sendo quebrada cada vez mais com a formação de mulheres especializadas como engenheiras civis e arquitetas, sendo profissionais altamente capacitadas para elaborar projetos e tornar realidade alguns sonhos pessoais como a casa própria, uma nova loja ou um novo prédio. 
A arquiteta Juliana Duré é exemplo de profissional que superou as barreiras para se tornar referência na área. Natural de Santa Cruz do Sul, se formou em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1999. Após formada, iniciou as atividades como proprietária do Stúdio Juliana Duré, empresa que atua na área de arquitetura de interiores e também desenvolve projetos arquitetônicos residenciais e corporativos e acompanhamento de obras. A profissional também integra a diretoria da SEASC (Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul), entidade atuante em prol da classe no município. “Estou completando este ano 21 anos de vida profissional, com muito orgulho dos trabalhos desenvolvidos até então, dos clientes que muitas vezes acabaram se transformando em amigos e das parcerias profissionais feitas”, disse Juliana.
Questionada sobre por que escolheu a profissão de arquiteta, a profissional salientou o fato da arquitetura ser uma área que realiza sonhos. “É muito gratificante ver o sonho idealizado de um cliente sair do papel e virar realidade. Pessoas procuram arquitetos para progredir, seja na vida pessoal ou profissional e nossas propostas trazem qualidade de vida para pessoas que irão viver ou trabalhar nesses espaços”, salientou. 
Sobre a atividade, a profissional destacou que a elaboração de um bom projeto demanda gerenciamento e criatividade, com ideias que podem surgir a partir de boas histórias contadas pelos clientes. “Todos os elementos são combustíveis para um bom projeto. Queremos que a ideia traga qualidade de vida para os clientes, para o entorno onde está localizado e faça uma diferença positiva no mundo”, ressaltou. Juliana Duré salientou ainda que contratar um arquiteto significa realizar um investimento com retorno imediato e recompensa a longo prazo com garantia técnica de uma obra mais econômica, rápida e valorizada. “Nós temos uma formação única que possibilita o uso da técnica, funcionalidade, criatividade e estética para transformar os sonhos dos clientes em soluções eficientes, sustentáveis e de qualidade”, disse a arquiteta.
Sobre as barreiras existentes na área, Juliana destacou que por ser mulher, teve dificuldades no início, mas com o crescente número de mulheres na área, essa barreira está se quebrando. “Ainda se sofre preconceito por ser mulher e jovem. O todo tempo temos que provar nossas capacidades. Eu considero que a base de tudo é a educação, então tento educar as pessoas ao meu redor. Aos poucos vou mostrando que o gênero não influencia no desempenho profissional e além disso, busco também me fazer presente em campo, nas obras, conversando de igual para igual com que vai executar e quebrando essa barreira de que mulheres não podem atuar na Construção Civil. Acredito que as coisas mudaram nos últimos 20 anos. Hoje estão melhores, mas continua havendo preconceito. O importante é que sou arquiteta e o fato de ser mulher é uma informação secundária”, frisou.
A arquiteta destacou que todas as mulheres devem continuar buscando um mundo mais igualitário e solidário. “Sabemos que isso não é feito da noite para o dia, é preciso um movimento inteiro para nos levar a uma mudança de mentalidade tão grande, por mais que ela pareça obrigatória. É imprescindível que todo mundo faça o melhor para fortalecer as mulheres, incluindo nós mesmas. E, principalmente, mostrando a nossa força no mercado de trabalho com capacidade e competência que temos de sobra”, finalizou.