Tiago Mairo Garcia
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Visando evitar contato e a propagação do coronavírus, as delegacias de polícia estão atendendo em regime de plantão para atendimento de casos graves como homicídio, latrocínio, estupro, roubo, recuperação e devolução de veículos e violência doméstica. Em Santa Cruz do Sul, a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) registrou entre o dia 18 até a manhã de ontem, 24, um total de 78 ocorrências consideradas graves. Todos os casos foram encaminhados para investigação, de acordo com o delito e área de atuação, para a 1ª Delegacia de Polícia, 2ª Delegacia de Polícia, Draco (Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado), DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente).
Entre os casos, destaque para uma tentativa de homicídio que está sendo investigada pela 2ª Delegacia de Polícia e um caso de estupro que está sendo investigado pela DEAM. As delegacias também estão recebendo para a investigação os registros realizados pela delegacia online, mas estes índices ainda não haviam sido contabilizados pela Polícia Civil.
Ao avaliar os números registrados até o momento, a delegada titular da DPPA, Raquel Schneider, salientou que os números são menores do que a delegacia costuma registrar em dias normais. “Em dias normais a média foi de 60 ocorrências diárias. Desde que iniciou a as restrições tivemos uma média de 11 ocorrências diárias registradas”, destacou a delegada.
Os cidadãos que necessitarem de atendimento presencial estão sendo orientados à higienização com álcool em gel fornecido pelo órgão, tão logo adentrem nas delegacias. Em locais onde não houver barreira de vidro que separe o servidor do indivíduo, está sendo adotada uma distância mínima 1,5 metros para atendimento.
O alerta, no entanto, é para atendimento de quem apresentar sintoma respiratório (gripe, espirro, coriza, secreção nasal etc.), que ficará condicionado à proteção da saúde do servidor policial. Os responsáveis pelas delegacias também estão orientados a evitar a entrada simultânea ou a aglomeração de pessoas, principalmente nos plantões.
DELEGACIA ONLINE
Desde a última sexta, 20, a Polícia Civil Gaúcha disponibilizou pela Delegacia Online (DOL) da Polícia Civil Gaúcha, a ferramenta “fatos criminais em geral para registros”. Além da nova ferramenta, criada em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado (Procergs), outros 29 fatos criminais específicos que já existiam na página permanecem disponíveis para registro.
A Chefe de Polícia, Delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, destacou que medida é de extrema importância, uma vez que a instituição se alia aos órgãos de saúde e autoridades dos setores competentes na luta contra a proliferação do coronavírus. “É preciso conscientizar a população de que o trabalho da Polícia Civil não para, mas que alguns serviços podem, sim, ser eficientes e atenciosos, mesmo quando não feitos em guichês de delegacias. Neste momento, a intenção é diminuir o fluxo de pessoas nas ruas, e, para isso, a DOL é um dos instrumentos mais eficazes oferecidos pela polícia”, afirmou a chefe de polícia.
Como registrar na Delegacia Online
- Acesse o site da Delegacia Online, por meio de um computador, tablet ou smartphone (www.delegaciaonline.rs.gov.br/dol).
- Tenha em mãos documento de identidade ou CPF. Também é necessário endereço de e-mail válido.
- Para outros fatos, preencha o formulário disponível na página. É nele que o cidadão irá narrar os fatos e contar, na sua versão, o que aconteceu. Se o crime consta em uma das 29 opções específicas do site, o cidadão deve clicar no fato e seguir as instruções.
- A partir do início do registro será gerado um número de protocolo com 15 dígitos, possibilitando a continuidade do preenchimento em outro momento, sendo gerado, portanto, um rascunho antes da finalização. Este protocolo será enviado por e-mail ou mensagem de celular (o SMS é gerado apenas para quem tem login Cidadão RS).
- Finalizado e enviado registro, é necessário aguardar a validação por parte da Polícia Civil para que o registro tenha validade.
- Para acessar a ocorrência, basta consultar o protocolo no site da DOL. A partir daí, é possível visualizar a ocorrência por meio de um PDF – documento que tem a mesma validade do que seria entregue na Delegacia de Polícia.
- Para imprimir a ocorrência, é preciso ter acesso a uma impressora.














