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Decreto Presidencial: Igrejas locais não vão permitir aglomerações

Atividades seguem suspensas mesmo com decreto federal autorizando atividades religiosas como serviços essenciais

Tiago Mairo Garcia
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Catedral São João Batista está aberta para fieis realizarem orações pessoais – Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto publicado pelo Diário Oficial da União na última quinta, 26, onde incluiu todas as atividades religiosas considerada como serviços essenciais, ficando autorizada a funcionar mesmo durante a restrição ou quarentena em razão ao combate do novo coronavírus. Conforme o decreto, o funcionamento deverá obedecer às determinações do Ministério da Saúde.
O decreto também determina como serviços essenciais autorizados para estarem em funcionamento as casas lotéricas; geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, produção, distribuição e comercialização de petróleo, atividades de pesquisa cientifica,laboratoriais ou similares relacionadas ao coronavírus, atividades de representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultorias jurídicas exercidas pelas advocacias públicas, serviços de pagamento, de crédito e de saque e aporte prestados por instituições supervisionadas pelo Banco Central do Brasil, fiscalização do trabalho, atividades médico-periciais (relacionadas com a seguridade social, com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência para reconhecimento de direitos previstos em lei e outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispensáveis) e produção e distribuição de numerário à população e manutenção da infraestrutura tecnológica do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro. O decreto tem validade imediata e sem a necessidade de aprovação pelo Congresso por se tratar de um decreto.

O QUE DIZEM AS LIDERANÇAS RELIGIOSAS
Ouvido a respeito da medida adotada pelo Governo Federal, o vigário geral da Diocese de Santa Cruz do Sul, Zeno Rech, destacou que as missas e celebrações com a presença de público continuam suspensas, destacando que as igrejas estão abertas para orações pessoais. “Às orientações que o Bispo Diocesano publicou continuam válidas. Igrejas abertas para oração pessoal. As celebrações de missas segues suspensas para o público e estão sendo transmitidas pelo rádio, TVs católicas e redes sociais para os fieis acompanharem de casa. A CNBB orientou os bispos que acatassem as orientações dos poderes locais e incentivassem celebrações sem público. Dom Aloísio Dilli, em comunicado à Diocese, orientou os padres e lideranças comunitárias a que se organizassem em acordo com o que os poderes locais propõe”, destacou o vigário-geral.
Já o pastor Rosemar Ahlert, da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Castelo Forte, salientou que até o momento a Igreja Evangélica Luterana orienta a suspensão dos cultos e celebrações, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. A única excessão está sendo a realização de sepultamentos com cerimônias breves ao ar livre e com participação de poucas pessoas. Sobre a decisão do presidente da república, o pastor classificou como irresponsável o ato de autorizar celebrações religiosas neste momento. “A religiosidade e espiritualidade é muito importante, especialmente neste momento. Nós todos podemos falar com Deus e orar dentro da nossa própria casa. Grandes aglomerações de pessoas neste momento, eu considero uma atitude irresponsável”, frisou o pastor.