Tiago Mairo Garcia
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Atendendo a recomendação 062/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que dispõe que, por conta do alto índice de transmissibilidade do novo coronavírus sejam reavaliadas as prisões provisórias, magistrados de todo o país tem concedido a liberação maciça de presos para a prisão domiciliar. Conforme relatório do Ministério Público Estadual foram liberados na última semana 3,4 mil presos somente no Rio Grande do Sul através da medida, número que traz preocupação para as autoridades de segurança pública.
Um dos beneficiados com a recomendação da justiça seria o assaltante Claudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, que está preso desde setembro de 2018 no Paraná. O juiz Vancarlo André Anacleto, da 2ª Vara Criminal de Bento Gonçalves, autorizou o apenado a cumprir pena em prisão domiciliar devido ao fato de Papagaio estar apresentando problemas respiratórios e pertencer ao grupo de risco para coronavírus. Porém, segundo o Departamento Penitenciário paranaense, Papagaio segue no sistema prisional, pois tem contra si um mandado de prisão em outro processo. Ele segue preso na cidade de Piraquara, no Paraná, em regime fechado.
Assaltante de bancos e carros-fortes, Papagaio ficou conhecido por ser o primeiro preso a fugir da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) em 1999. Ele está preso no Paraná desde 11 de setembro de 2018 quando foi recapturado após uma fuga em dezembro de 2017. A prisão ocorreu no município de Agudos do Sul. Na época, foram apreendidos quatro fuzis, sendo um AK-47, um 5.56, um 7.62 e um .50 (arma usada para derrubar avião e ainda rara entre os bandidos gaúchos), todos municiados. Foram encontrados 14 carregadores municiados e mais de 400 munições de diversos calibres.
PREOCUPAÇÃO
A nova recomendação da justiça em razão do coronavírus está trazendo uma grande preocupação para as autoridades de segurança pública da região. Para o comandante do 23º Batalhão da Brigada Militar, Giovani Pain Moresco, com a medida tomada pela justiça, muitos egressos do sistema prisional acabam retornando às práticas criminosas de que eram acostumados. “Estamos com nossas ações voltadas a manter a segurança pública nas comunidades. Nossa inteligência policial está em atenção máxima a estes criminosos.” destacou o comandante. A Polícia Civil foi procurada, mas preferiu não comentar sobre o assunto.














