Ricardo Gais
[email protected]
Nesta quinta-feira, 2, é comemorado o Dia do Bombeiro. E para lembrar a data, o Riovale Jornal foi ao 6º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Cruz do Sul, para mostrar algumas curiosidades de uma viatura utilizada pelos profissionais durante as ações de incêndio e resgate. Quem nos explica os detalhes do veículo é o 2º Sargento Filipe Martins da Cunha, de 36 anos, que atua há um ano e seis meses em Santa Cruz, mas já possui 13 anos trabalhando na função nos municípios de Estrela e Cachoeira do Sul.
A viatura que vamos conhecer trata-se de um caminhão Volvo ano 2015, que tem capacidade para carregar cinco mil litros de água, além de possuir compartimentos para os demais materiais.
O painel do caminhão de bombeiros é diferente dos demais, já que é adaptado para as necessidades da função. Podem ser destacados as principais peculiaridades como botões para operação da bomba de água que podem ser conduzidas de dentro da cabine, sem a necessidade do bombeiro descer do caminhão. No painel, também estão os botões que ligam a sirene da viatura, as sinalizações do caminhão como o giroflex e o rádio comunicador, que é usado para fazer contato com a base do batalhão e outras viaturas operacionais. “Ligamos a sirene quando for algo grave e de urgência, caso seja para algo não urgente, como a vistoria de uma árvore, não há necessidade de ligá-las”, explica o sargento. Na cabine cabem cinco pessoas e demais materiais para uso imediato dos profissionais como mangueiras e equipamentos de proteção respiratória.
Além do painel de operação da bomba de água na cabine, do lado externo da viatura, há um outro painel, no qual estão as alavancas que só podem ser operadas do lado de fora do caminhão, onde também estão os botões de iluminação e controle de pressão da água que sai pelas mangueiras. No espaço também são colocadas as mangueiras que serão utilizadas nas ações de combate a incêndio. Uma mangueira tem o tamanho de uma polegada e meia e a outra de duas polegadas e meia, que são utilizadas de acordo com a proporção do incêndio e a distância entre o fogo e o caminhão. A mangueira mais utilizada é a de duas polegadas e meia, pois interfere menos na pressão da água. Em ocorrências como incêndio de veículos, é utilizado a de uma polegada e meia. O tanque de água fica localizado na parte interna do caminhão e tem capacidade para cinco mil litros. O reabastecimento do tanque ocorre quase sempre em um hidrante ou a partir de uma bomba pelo sistema a vácuo.
Nos compartimentos podem ser encontrados materiais de sinalização de trânsito, equipamento para salvamento em veículos, terrestre ou altura, corte de árvore, mangueiras, caixas de ferramentas, motosserras, cordas, macas, cilindros de oxigênio reservas e colete salva-vidas. “A viatura tem todo o material necessário para ser usado nas ocorrências”, destaca o sargento.
Na parte de cima do caminhão Volvo, há duas caixas que possuem material para combater o fogo em matagais e duas escadas que são utilizadas caso seja necessário realizar a entrada em algum apartamento, desligamento de rede elétrica ou subir em árvores. Em outro caminhão, há uma escada maior de 37 metros, chamada de “alta escada mecânica”, usada para combater incêndios, salvamento de pessoas em local mais alto e também a escada pode ser adaptada com uma mangueira, para chegar com água em locais altos, como prédios.
A vestimenta básica de um bombeiro é composta por um par de botas, calça, jaqueta e luvas de combate a incêndio. No entanto, a roupa não é totalmente resistente ao fogo, pois em uma longa exposição ao calor poderá ocorrer a queima da roupa. O militar também faz o uso de um capuz balaclava que protege o rosto das chamas, além do uso do capacete que possui viseira espelhada para refletir o calor.
