Esses dois temas sempre caminharam juntos e, por muitas gerações, a preparação de um candidato à aprendiz de uma profissão era algo muito planejado. Lembro, claramente, de minha juventude com meus colegas, nos preparando em cursos de datilografia e contabilidade básica para uma pretensão de estágio. Outros colegas cursavam técnico no SENAI visando um emprego na indústria.
Hoje, temos um universo de recursos tecnológicos que nos impressionam e que impactam nossas carreiras profissionais, porém, aquela preocupação na preparação para a entrada na profissão não tem a mesma ênfase de outros tempos. Os jovens aprendizes de uma profissão são experts no uso das tecnologias, porém, para o entretenimento e para as conexões sociais. Esquecem, por momento, que recursos tecnológicos muito similares podem ser exigidos em suas profissões.
Atualmente, a tecnologia disponível para o trabalho “esconde” muitas regras e funções do negócio. Por exemplo, há décadas atrás, o cálculo da folha de pagamento ou a emissão de uma nota fiscal exigia muito conhecimento por parte de um funcionário. Hoje, a resposta é simplista: “o sistema faz tudo pra gente”. Este fato provoca uma grande dependência funcional da tecnologia. Concordo que devemos deixar funcionalidades repetitivas para os sistemas, porém, devemos ter consciência e conhecimento do que estes sistemas estão “fazendo para nós”.
Além da preparação profissional para se utilizar de tecnologia em sua carreira, penso que o profissional também precisa se desenvolver para a análise dos resultados obtidos pelas tecnologias disponíveis. Por exemplo, um operador de máquina agrícola diante de um trator de última geração, com recursos de GPS que definem áreas colhidas e produtividade por cada pedaço de terra, precisa saber explorar e se aproveitar dos dados e sinais que são gerados pelos equipamentos, para tirar o melhor proveito dos mesmos. Outro exemplo, um analista financeiro de uma empresa diante de dados computados em sua base de dados “cruzados” com o Big Data do seu ramo de negócio.
Para que tenhamos profissionais mais preparados para as novas ondas versionadas em 4.0 (Industria 4.0, Comércio 4.0, Educação 4.0,…) precisamos direcionar forças para a nossa educação. Educação Fundamental. Educação Técnica. Educação Superior. Todas as frentes educacionais deste país precisam voltar suas atenções para isso. Precisamos qualificar os jovens para essa nova geração de trabalho. Eles precisam saber de Computação, não somente para serem profissionais de TI, mas também para as demais profissões. Médicos, Engenheiros, Advogados, Professores, todos os empregos precisarão de Tecnologia da Informação. E para encerrar, uma dica valiosa. Aprendam e dominem Estatística.
Eduardo Kroth
Professor da Universidade de Santa Cruz do Sul
Diretor na empresa Idealogic Software
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APLICATIVOS ÚTEIS
Tá na mão – Voltada para quem está estudando para concursos, a ferramenta para celulares e tablets traz questões de várias disciplinas, concursos, bancas e cargos diferentes. São cerca de 100 questões de cada área, disponibilizadas gratuitamente, e 1.900 questões de informática básica.
Acordo Ortográfico – Ter conhecimento da língua portuguesa é fundamental e este aplicativo é para aqueles que querem aprofundar seus conhecimentos e ainda não estão seguros com as regras do Novo Acordo Ortográfico.
Google Agenda – um bom profissional precisa ser organizado sempre e o Google Agenda vem para ajudar justamente nisso. Gratuito, ele se trata de uma agenda virtual onde é possível salvar compromissos. Além disso, ele também ajuda com os lembretes.
TED – é um aplicativo que reúne palestras, vídeos, áudios e conferências totalmente gratuitas para seus usuários. Profissionais de diversas áreas podem se beneficiar. Atualmente, a plataforma conta com aproximadamente 2.000 materiais referentes a diferentes áreas de conhecimento.
Duolingo – apontar o conhecimento de uma segunda língua no currículo não é apenas um diferencial, é imprescindível. E através do Duolingo você pode aprender dezenas de línguas diferentes onde quer que você esteja, praticando poucos minutos por dia.















